Em dois meses, oeste do Pará registrou trombas d’água, raios e chuva de granizo; saiba como se proteger

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O fenômeno mais recente foi um raio que caiu em fazenda e matou 26 cabeças de gado, em Óbidos. Fenômenos naturais não têm a ver com desequilíbrio ambiental, segundo professor de física.

Uma fazenda localizada na comunidade Santa Rosa, em Óbidos, oeste do Pará, foi atingida por um raio na noite de segunda-feira (28), matando 26 cabeças de gado. Vários fenômenos naturais têm acontecido na região, como trombas d’aguas em Alter do Chão, Pajuçara e próximo ao porto da CDP, assim como chuva de granizo em Oriximiná e temporais com ventanias fortes que causaram destruição em Monte Alegre.

Apesar da proximidade entre a ocorrência de um fenômeno e outro, o professor doutor em Física da Atmosfera, João Feitosa, disse que eles não têm relação com desequilíbrio ambiental.

O raio é uma descarga elétrica de grande intensidade. O mais visível para o homem é aquele entre uma nuvem e a terra, acompanhado do relâmpago e trovão. A maior parte ocorre na zona tropical do planeta, zona na qual Santarém está localizada.

Orientações de segurança

O professor João Feitosa explicou que não há como prever um raio, mas há como se proteger. “Existe uma rede de pesquisa chamada Rede Zeus, que detecta raios em quase todo no Brasil, mas não abrange nossa região. Detectar não significa prevenir. O que tem que ser feito são alguns procedimentos de segurança”.

Uma das orientações para quem estiver em um lugar descoberto é se agachar diminuindo a área de contato ou entrar em um carro, pois é o local mais seguro durante uma tempestade. “Além disso, não é recomendado permanecer em baixo de árvores, e se estiver em praias a pessoa deve procurar abrigo imediatamente. Também é perigoso falar ao telefone ou ficar próximo de rede elétrica”, alertou o professor.

João Feitosa ressaltou alguns mitos. “Há ditado popular de que raio não cai no mesmo lugar, mas isso é história. Cai sim. Assim também como cobrir os espelhos para não absorver a descarga, também é mito. O que era feito na antiguidade é que os reis pediam para cobrir os espelhos para não reproduzir a tempestade através do reflexo”.

A fazenda

A fazenda que foi atingida pela descarga é de propriedade do cantor Alexandre Montana, que contou ao G1 como tudo aconteceu. “Começou a formar um temporal por volta das 17h de segunda (28). Meu cunhado estava prendendo 26 cabeças de gado, como de costume, e ao acabar foi para sua casa. No outro dia, terça, ele avistou de longe alguns urubus sobrevoando o local, e achou que uma vaca havia parido. Ao ir ao local, as 26 cabeças de gado estavam mortas”.

Nesse caso, a orientação é instalar para-raios para prevenir, mas mesmo depois do prejuízo o cantor comentou que ficou aliviado por não ter estragos maiores. “Não sei quantos raios foram lançados, mas se meu cunhado estivesse no local ele estaria morto também, pois uma grande área foi atingida”, relatou.

Mortes causadas por fenômenos naturais não são raras no município de Óbidos, segundo o músico, mas nunca na proporção do último registro. “Não faz dois meses que caiu um raio próximo da minha fazenda, onde duas crianças vieram a óbito. No meu caso, foram 26 cabeças de gado, uma verdadeira catástrofe”, declarou.

Chuva de granizo

Professor João feitosa esclareceu que é a mesma nuvem que lança a chuva, os raios e a chuva de granizo. “São fenômenos naturais, não têm a ver com desequilíbrio ambiental. O que aconteceu em Oriximiná há duas semanas é explicado quando a atmosfera não está com temperatura elevada, não dando tempo suficiente da agua passar do estado sólido para o líquido. Por isso, choveu granizo”.

A chuva demorou cerca de uma hora, foi acompanhada por fortes ventos que destelharam casas e derrubaram parte da cobertura de uma quadra de escola.

Fonte: G1 Santarém
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