Em Juruti, proposta de salário de R$ 25 mil para prefeito motiva protestos

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Servidores municipais de diversas categorias protestaram na manhã desta terça-feira (20) contra um Projeto de Lei que propõe aumento nos salários de secretários, vice-prefeito e prefeito do município de Juruti, no oeste do Pará. O valor proposto para o gestor municipal chega a ser quase o que o presidente do Brasil recebe, de R$ 26 mil. O PL estava programado para ser votado pelo poder legislativo nesta segunda, mas pela ausência de alguns vereadores a votação foi remarcada para o dia 27 de setembro.

De autoria do vereador Cleverson Mafra, que é vice-presidente da Câmara, a proposta prevê que a partir do dia 1 de janeiro de 2017, os secretários municipais passem a receber R$ 7.500, o vice-prefeito passaria a receber R$ 17.500 e o prefeito R$ 25 mil. O G1 tenta contato com o verador autor do PL e com a presidência da Câmara. (Veja o Projeto de Lei)

Participaram da manifestação integrantes dos Sindicatos dos Enfermeiros do Pará (Senpa), dos Auxiliares Técnicos de Enfermagem (Sindate) e dos Professores (Sinproej). De acordo com a representante do Senpa, Gilvanira Nogueira, a proposta é absurda diante das falhas frequentes por parte da gestão municipal de repasse salarial para os servidores públicos. “Não aceitamos este reajuste e consideramos algo abusivo demais. No momento, os salários estão em dia, mas o dos professores já chegou a atrasar quatro meses e o dos enfermeiros e outros profissionais da saúde dois meses sem ser pago. Não aceitamos isso”.

De acordo com vereadora Heriana Barroso, não houve uma ampla discussão no plenário sobre a pauta. Ela argumentou que a Comissão de Legislação e Orçamento da casa apresentou a proposta e encaminhou diretamente para a votação. Para Heriana, o reajuste é incompatível com a atual realidade do município. “Independentemente de quem é oposição ou situação, esses assuntos devem ser amplamente debatidos antes de serem votados e a Comissão não nos consultou a respeito. Acho um absurdo este aumento, o prefeito tem todas as suas despesas bancadas pelo município e ganha um salário livre. Passar um salário de 13 mil para 25 mil é uma afronta quando se tem salários de funcionários atrasados, fornecedores que não recebem, transporte e merenda escolar que não estão sendo realizados de maneira satisfatória por falta de pagamento”, argumenta.
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Prefeitura discorda da proposta
Em nota, a Prefeitura Municipal esclareceu que a autoria do Projeto de Lei é do poder legislativo e não do executivo e que discorda veementemente desse projeto por entender que o Brasil passa por um momento econômico delicado que não permite tal medida. Segundo a prefeitua, a prioridade no âmbito municipal é melhoria salarial dos servidores públicos que já está em estudo. Por fim, a atual gestão ressaltou que está disposta a tomar medidas judiciais para impedir que o referido projeto seja aprovado.

Por Weldon Luciano Do G1 Santarém

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