Em Marabá, servidora do Incra questiona instituição e é processada

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Discussão se deu na Câmara Municipal de Marabá (Foto:Reprodução/Google)

Funcionária questionou o secretário sobre a paralisação de processos de regularização fundiária

“A senhora parece não conhecer de hierarquia. Como uma servidora simples, não dá vir aqui questionar a instituição.” As frases foram ditas pelo secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Nabhan Garcia, para a geógrafa Ivone Rigo, funcionária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A servidora participava de uma audiência pública, na Câmara Municipal de Marabá (PA), e questionou o secretário sobre a paralisação de processos de regularização fundiária e a falta de estrutura para fiscalização de agentes do órgão.

Nabhan disse que Ivone estava “passando dos seus limites” e que não deveria contestar “a instituição e a supervisão que coordena o Incra”, tampouco apontar falhas do governo. “A senhora deveria se colocar no seu devido lugar e não vir pressionar o governo. A senhora é uma funcionária do governo, não está aqui para pressionar”, declarou Nabhan.

A audiência ocorreu em 10 de fevereiro. Naquele mesmo dia, o secretário ordenou a abertura de um processo contra Ivone para “apuração do comportamento nada ético”.

Em um momento, Ivone informou o secretário sobre problemas enfrentados no georreferenciamento das terras, uma das etapas da regularização. “Qual a sua função?”, perguntou Nabhan. “Geógrafa”, respondeu ela. Em seguida, o secretário pediu que ela encerrasse a intervenção. “Primeiro, porque a senhora é uma servidora pública, e a senhora parece que não conhece de hierarquia.”

Questionado nesta quarta-feira, Nabhan disse que o Incra já estava representado na audiência pública. “Ela, uma simples servidora, por questões éticas, como funcionária pública, não poderia jamais denegrir publicamente a instituição onde trabalha”, declarou. Procurada, Ivone Rigo, que está de férias, não quis comentar e disse apenas que não cometeu nenhum crime ao fazer os questionamentos durante a audiência em Marabá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por:Agência Estado

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