Emater de Novo Progresso elabora projeto de reestruturação de organização indígena

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Emater elabora projeto de reestruturação de organização indígena (Foto: Ascom / Emater)
O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Novo Progresso, no sudoeste paraense, elaborou um projeto de reestruturação da Organização Indígena dos Kayapós (OIB), que representa cerca de 100 famílias de quatro aldeias, denominada como Terra Indígena TI Baú. A entidade estava sem gestor há um ano e isso acarretou na paralisação das atividades. A Emater local atende a OIB há quatro anos.

Depois de elaborado, o projeto foi submetido a um edital da ONG Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), entidade que regulariza organizações com alguma forma de inadimplência, como a OIB, que possui pendências com a Receita Federal e INSS. O projeto foi aprovado e o valor do crédito chega a quase R$ 7 mil, que serão utilizados para regularizar a organização juntos aos órgãos competentes. A entrega da documentação à ONG será realizada no dia 20 deste mês.

Na opinião do técnico em agropecuária da Emater em Novo Progresso, Marcelo Silva, com a regularização, o escritório vai poder trabalhar com projetos de créditos para os indígenas. “Estamos trabalhando para que, a médio e longo prazo, seja implantada uma lavoura de cacau nas aldeias dentro de projetos de créditos rurais”.
A Terra Indígena TI Baú abrange também o extremo sudeste paraense do município de Altamira e faz divisa ao sul com outras áreas extensas pertencentes à etnia Kayapó, a leste com a Estação Ecológica da Terra do Meio, ao Norte com a Floresta Nacional do Tapajós (Flona), também em Altamira.
Empoderamento – Com a regularização da entidade, o escritório local vai trabalhar também na elaboração de um projeto para empoderar as mulheres indígenas. A proposta inicial é que elas desenvolvam atividades ligadas à produção de artesanato e miçangas. “A ideia é que as mulheres sejam mais independentes dentro das aldeias, para que elas tenham sua própria renda e, com isso, mudar aos poucos esse cenário. É um trabalho conjunto. Queremos dar mais poder para as mulheres”, explicou Marcelo Silva.
O projeto elaborado é de R$ 40 mil e será submetido à análise da ONG Fundo Brasil de Direitos Humanos, assim que a OIB estiver regularizada. Depois de enviado, a expectativa é que o resultado seja publicado em junho deste ano.
“As mulheres são parte do processo. A ideia é multiplicar essa mesma ação para que outras aldeias também trabalhem com projetos de fomento para empoderamento das mulheres”, finaliza Silva.
Para a presidente da Emater, Cleide Amorim, primeira e única presidente da Emater em 54 anos de existência, “é importante salientar que competência independe de gênero, então, quando a empresa desenvolve trabalhos nesse sentido, é para dar possibilidades a elas de ganharem seu sustento, e isso mostra a importância e empoderamento das mulheres seja em que classe social pertença”, comenta.

Por Rodrigo Reis (EMATER) 13/01/2020 13h03
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