Emissão de títulos de empresas brasileiras no exterior caiu

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Economia lenta e casos de corrupção derrubaram captações no segundo semestre

A eleição presidencial, a desaceleração econômica e, principalmente, as consequências da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) afetaram em cheio o mercado de emissão de títulos no exterior (os chamados bonds) por empresas brasileiras no segundo semestre deste ano. Sem esses recursos, as companhias não conseguem ter acesso a recursos mais baratos para poder financiar seus projetos a médio e longo prazos. De acordo com dados compilados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) a pedido do GLOBO, o total captado no segundo semestre (até o fim de novembro) deste ano somou US$ 6,256 bilhões, uma queda de 77,4% em relação aos US$ 27,751 bilhões registrados entre janeiro e junho. O recuo foi quase três vezes superior ao observado nas emissões de companhias dos países emergentes no mesmo período: segundo a americana Dealogic, plataforma de dados que fornece serviços para bancos de investimento, o volume somou US$ 156,452 bilhões entre julho e novembro, um recuo de 29% em relação ao primeiro semestre, de US$ 220,531 bilhões.

Economistas traçam um cenário ainda pior para 2015: a expectativa é de forte queda nas emissões por empresas brasileiras no mercado internacional. Após uma semana turbulenta nos mercados globais por causa da crise na Rússia e da forte queda no preço do petróleo, cujo barril chegou a ficar abaixo de US$ 60, analistas destacam também as incertezas em torno do futuro da economia brasileira, com a perspectiva de baixo crescimento, juros altos e ajuste fiscal. Além disso, eles citam os desdobramentos em torno das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras, maior empresa do país, e as grandes empreiteiras, como OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht, entre outras, que recorrem com frequência ao mercado internacional de dívida, captando, principalmente, em dólar e euro.

Foi em meio a esse clima de incerteza que a Cosan, grupo que atua nas áreas de energia, alimentos e logística, desistiu de fazer uma captação no exterior este mês. Uma fonte de um banco de investimento citou ainda que o frigorífico JBS também teria desistido de captar US$ 750 milhões neste fim de ano. A empresa, procurada, não retornou.

— A situação está muito ruim. O mercado se fechou para as empresas brasileiras. A companhia que não tiver linhas pré-aprovadas de crédito com instituições no exterior vai ter problema para se financiar a curto e médio prazo — disse o executivo de uma multinacional.

Diante dos escândalos de corrupção e das incertezas, a própria Petrobras já admitiu que não vai captar recursos no exterior em 2015, em razão da não publicação de seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre deste ano. A previsão da estatal era captar, em média, cerca de US$ 12 bilhões por ano até 2018, com base em seu plano de negócios. Agora, a estatal corre para tentar publicar seus resultados, ainda não auditados, até o fim de janeiro. Isso porque em fevereiro de 2015 há o vencimento de US$ 1,25 bilhão em bonds. Sem a divulgação oficial dos resultados, os investidores podem cobrar a antecipação dos títulos, gerando um aumento da dívida, o que poderia tornar a situação financeira da companhia ainda mais complicada.

Especialistas destacam, ainda, o peso da Petrobras no mercado de emissão de títulos no exterior pelo Brasil. Neste ano, a estatal captou US$ 13,637 bilhões em dez operações entre janeiro e março. Assim, só a Petrobras respondeu por 40% do total emitido pelas empresas brasileiras, que captaram US$ 34,008 bilhões.

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— Eu diria que o mercado de crédito internacional dificultará muito o financiamento das empresas brasileiras para tocar seus investimentos. É lamentável a ausência de gestão, transparência e controles internos de nossas companhias, justo agora que temos um momento extremamente favorável de captação para empresas em outras partes no mundo, por causa do crescimento econômico. Os indicadores mostram que, enquanto alguns países emergentes aumentaram em 10% sua emissão, as empresas brasileiras sofreram com o recuo neste ano — afirmou o economista Fabio Rhein.

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Para Alex Agostini, da Austin Rating, o escândalo envolvendo a Petrobras piora a perspectiva para todas as companhias brasileiras que pretendem captar no exterior. Segundo ele, o investidor internacional fica receoso em comprar papéis do Brasil, pois, devido ao fato de o governo mudar com frequência as regras do jogo – como a alteração no cálculo do superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) -, todas as empresas do acabam sendo avaliadas de forma única. Resultado: muitas companhias vão adiar os planos de captação externa em 2015, da mesma forma que a Petrobras, explicou Agostini.

– A Operação Lava-Jato prejudicou a economia como um todo, já que as empresas envolvidas nos casos de corrupção participam de toda a infraestrutura logística, como portos e aeroportos, além de telecomunicações. As investigações em curso afetaram a percepção dos investidores em relação ao ambiente econômico, institucional e regulatório. Assim, mesmo com o investidor cobrando mais retorno pelos papéis brasileiros e com prazos menores, eles estão receosos – disse Agostini.

E foi exatamente o juro proibitivo que fez a Cosan suspender a emissão de títulos neste fim de ano, segundo a empresa. Os especialistas citam ainda outro desafio: o aumento da cotação da moeda americana, que chegou ao maior patamar desde 2005, acima dos R$ 2,70. O dólar mais alto eleva o custo de captação para as empresas. Isso ocorre porque, ao emitir os títulos, as companhias têm de pagar periodicamente (até três vezes por ano, em alguns casos) os juros do empréstimo. A dificuldade adicional é que as construtoras envolvidas na Lava-Jato, por não terem ações listadas na Bolsa de Valores, optam por emitir títulos no exterior como forma principal de se capitalizar.

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— Essas empresas emitem os bonds no mercado internacional, pois é a forma mais barata de se obter recursos, já que no Brasil os custos são bem mais elevados e o mercado de longo prazo aqui ainda não é maduro o suficiente para esse tipo de operação — explicou Ricardo Macedo, professor de economia e finanças do Ibmec-RJ.

Ele destacou ainda que, embora os bonds tenham vencimento a longo prazo, um eventual problema de caixa pode impedir que as empresas consigam cumprir o calendário de pagamentos de juros.

E as construtoras já sentem no bolso as primeiras consequências da Lava-Jato. A OAS, em uma de suas principais operações, via OAS Investments, fez uma emissão de US$ 875 milhões em bonds em outubro de 2012 com vencimento em 2019. Segundo dados da Bloomberg, após a prisão de executivos da construtora, em meados de novembro, a cotação do título chegou a cair mais de 64% em relação ao registrado no ano passado. Já os bonds perpétuos (de US$ 500 milhões), anunciados em abril de 2013, chegaram a ter recuo de 66%.

DIFICULDADES TAMBÉM EM 2015

O escândalo também atingiu as empresas que fazem parte do grupo das construtoras sob investigação. É o caso da Odebrecht Óleo e Gás, que pertence à empreiteira de mesmo nome. Os bonds de US$ 1,69 bilhão feitos via Odebrecht Offshore Drill, anunciados em julho de 2013 e com vencimento em 2022, tiveram queda de até 11% em um ano.

Já os bonds perpétuos (via Odebrecht Oil & Finance), comunicados em junho deste ano, no total de US$ 550 milhões, também chegaram a cair 26%. Outro exemplo é a Queiroz Galvão Óleo e Gás, da construtora de mesmo nome. Os bonds (via QGOG Costellation) de US$ 700 milhões, anunciados em novembro de 2012 e com vencimento em 2019, também tiveram tombo de até 37% neste ano.

Na opinião de Macedo, a queda na cotação desses títulos é um reflexo dos escândalos e significa que as empresas podem ter dificuldade para obter mais recursos no ano que vem. Segundo ele, os investidores, que são os donos desses títulos, podem passar a questionar as empresas sobre a veracidade dos números apresentados nos balanços financeiros:

— E, por isso, começam a vender os papéis. Como ninguém quer comprar, esse investidor aceita arcar com as perdas para se livrar do título. Se as empresas envolvidas em corrupção eventualmente não conseguirem firmar mais contratos com o setor público, terão seu caixa comprometido e podem não cumprir com seus compromissos. É sempre um risco. Por isso, vemos algumas companhias que já tiveram seus nomes envolvidos começando a admitir culpa.

Fonte: ORMNews.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-981171217 / (093) 984046835 (Claro) Fixo: 9335281839 *e-mail para contato: tags: dapoxetine 30mg price in india , dapoxetine 60 price in india , dapoxetine hydrochloride synthesis , best place to buy dapoxetine online, what are the side  buy fluoxetine online no prescription , viagra howard stern: where to buy doxycycline 100mg. woman viagra. buy online hydroxyzine brand name & generic medicines. purchase atarax folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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