Enfermeira é presa em operação que investiga rede de crimes sexuais contra menores liderada ex-vereador e médico do MT
Foto: Reprodução | As investigações revelam que ela cometia os abusos contra crianças a mando do ex-parlamentar.
Uma enfermeira foi presa, nesta quarta-feira (13), em Rondonópolis (215 km de Cuiabá), sob a acusação de abuso infantil. A profissional de saúde, que atuava em serviço de home care, é apontada pela Polícia Civil como parte de uma rede criminosa liderada pelo médico e ex-vereador de Canarana, Thiago Bitencourt Ianes. As investigações revelam que ela cometia os abusos contra crianças a mando do ex-parlamentar. A identidade dela ainda não foi divulgada.
Veja vídeo:
De acordo com as investigações, o ex-vereador utilizava sua posição em uma unidade de saúde para se aproximar de vítimas e, posteriormente, cometer crimes sexuais. A prisão da enfermeira reforça a tese de que o médico não agia sozinho, mas contava com uma rede de cúmplices para a prática dos abusos e distribuição de material de pornografia infantil.
Em julho, a polícia já havia cumprido um mandado de busca e apreensão na casa de um sargento da aeronáutica em Pernambuco, que também seria ligado a Bitencourt. No local, foi descoberto um estúdio e vasto material de pornografia infantil em dispositivos eletrônicos. No mesmo dia, outras sete mulheres foram presas em diversas cidades de Mato Grosso, todas com algum tipo de vínculo com o ex-vereador, mas, segundo a polícia, sem conhecimento da relação dele com os demais envolvidos.
Modus Operandi e Vítimas Identificadas
O delegado Flávio Leonardo, responsável pelo caso, explicou que as investigações apontam que o médico se aproveitava da fragilidade emocional das vítimas.
“Ele iniciava a relação a partir do momento em que as vítimas tinham alguns tipos de problema emocional”, afirmou o delegado. Após criar um vínculo de confiança, Bitencourt exercia domínio psicológico, o que evoluía para os abusos. Em alguns casos, as filhas das vítimas também eram envolvidas.
A polícia identificou ao menos seis vítimas, incluindo crianças e adolescentes. Entre os casos mais graves, destacam-se: uma mulher de 29 anos e sua filha de 8 anos; uma mãe e filha, com idades não divulgadas; uma adolescente de 17 anos, mantida em “escravidão sexual”; uma adolescente de 15 anos, abusada desde os 12 anos; uma criança de apenas 2 anos e uma mulher de 36 anos.
As investigações também apontam que os crimes, que incluíam a utilização de fantasias de dominação sexual, teriam ocorrido até mesmo dentro do consultório médico de um PSF (Programa de Saúde da Família) em Canarana. Após o término dos relacionamentos, Thiago Bitencourt continuava a coagir as mulheres com ameaças e violência para manter as relações sexuais. A prisão da enfermeira é mais um passo na desarticulação da rede criminosa.
Quem é Thiago
Thiago atuava em uma Unidade de Saúde da Família (USF) e defendia pautas de direita como parlamentar. Formado em medicina em 2009, em uma instituição particular de Cuiabá, Thiago não possui especialização registrada, conforme o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), e atuava como clínico geral.
Em 2024, ele foi eleito como vereador de Canarana, pelo Partido Liberal (PL). Thiago foi preso no dia 31 de maio, por estupro de vulnerável e armazenamento de imagens de abuso e exploração sexual infantil.
Na casa dele, foram encontradas imagens relacionadas a abuso sexual infantil, sendo parte do material produzido e compartilhado pelo próprio vereador. Em uma foto dos materiais apreendidos, é possível ver um conjunto de roupa infantil feminina e brinquedos sexuais. Segundo a polícia, os materiais eram usados para fantasias sexuais do ex-parlamentar.
A investigação revelou que Thiago buscava se aproximar de mulheres com filhas ou com acesso direto a crianças. Há evidências de que algumas dessas mulheres possam ter colaborado com os abusos dos investigados.
No dia 10 de junho, Thiago foi indiciado por quatro crimes:
- estupro de vulnerável;
- produção e armazenamento de material de abuso sexual infantil;
- divulgação de cenas de exploração sexual via WhatsApp;
- posse de material de abuso sexual infantil;
Dias depois, ele foi indiciado por outros três crimes:
- estupro;
- estupro de vulnerável;
- violência psicológica.
Também foi decretada a prisão preventiva do investigado, diante da gravidade dos fatos e para assegurar o andamento do processo.
Fonte: g1 MT/Jornal Folha do Progresso e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 15/08/2025/05:47:09
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