Entenda operação que investiga grupo empresarial suspeito de sonegar R$ 90 milhões em impostos no Pará
Operação “Underbill” da Polícia Federal — Foto: Polícia Federal
Segundo a polícia, responsáveis podem responder pelos crimes de descaminho, contrabando, sonegação fiscal, evasão cambial e organização criminosa.
As investigações da operação “Underbill”, que apura crimes de sonegação de R$ 90 milhões por um grupo empresarial paraense, revela que as mercadorias importadas com suspeita de fraudes tributária e aduaneira eram distribuídas para ao menos sete estados do Brasil.
Na última quarta-feira (10), agentes da Receita Federal, Polícia Federal e do Ministério Público Federal cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em Belém.
De acordo com a investigação, as cargas chegavam ao país pelos portos de Belém e Vila do Conde, na cidade de Barcarena, e eram distribuídas para o Amazonas, Maranhão, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo.
Segundo o delegado da PF Roger Morgado Carvalho, “as investigações indicam que o grupo importava produtos do exterior, principalmente provenientes da China, internalizavam no Brasil com a aplicação de métodos para sonegar impostos”.
“A gente pode citar o subfaturamento, a utilização de empresa de terceiros, o que gerava um prejuízo significativo para o erário e uma concorrência desleal no mercado que prejudicava as empresas nacionais e as empresas que importam de maneira correta”, disse.
A identidade dos investigados e quais eram os produtos comercializados com suspeita de fraude não foram informados pela polícia, que investiga o caso sob sigilo.
Irregularidades investigadas
Entre as irregularidades detectadas nas operações comerciais e nas finanças dos importadores, estão as suspeitas de que:
os produtos eram declarados com um valor menor do que o real (o chamado subfaturamento);
impostos federais não eram pagos (sonegação);
‘laranjas’ (pessoas ou empresas de fachada) eram usados para esconder os verdadeiros donos dos negócios;
havia tentativas de dificultar o controle da Receita Federal na hora de identificar e contar os produtos;
e as regras de órgãos reguladores eram desrespeitadas.
O esquema, segundo a investigação, contava com a participação de comerciantes estrangeiros, despachantes aduaneiros e empresas de comércio exterior.
O grupo é suspeito de praticar subfaturamento, interposição fraudulenta, sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, violação de direitos de propriedade intelectual e ocultação de patrimônio.
As análises fiscais e financeiras dos envolvidos também apontaram, de acordo com os agentes, indícios de movimentação financeira incompatível de diversas pessoas físicas e jurídicas, envio ou recebimento de dinheiro sem seguir as regras e leis do Banco Central e da Receita e ocultação de patrimônio.
Início da investigação
A investigação, sob sigilo judicial, teve início a partir da análise de autuações fiscais realizadas sobre empresas importadoras.
O grupo empresarial paraense é suspeito de sonegar cerca de R$ 90 milhões em tributos, facilitar a entrada irregular de produtos estrangeiros no país e realizar pagamentos internacionais por meio de câmbio ilegal.
Os responsáveis poderão responder pelos crimes de descaminho, contrabando, sonegação fiscal, evasão cambial e organização criminosa. Foram apreendidos bens avaliados em R$ 26 milhões.
A operação contou com a participação de 17 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal, além de 50 policiais federais.
Fonte: g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/09/2025/10:01:45
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