Esquecida na sala de aula, criança fica trancada por cerca de meia hora em anexo de escola municipal de Santarém

image_pdfimage_print

Anexo da Escola Municipal Haroldo Veloso, no bairro Maicá, em Santarém, oeste do Pará — (Foto: Sílvia Vieira/G1)

Desesperada, a criança começou a gritar e foi ouvida por um vizinho do anexo que acionou a direção da escola.
Uma criança de apenas seis anos, que estuda no anexo (Brasileirinho) da Escola Municipal Haroldo Veloso, no bairro Maicá, em Santarém, oeste do Pará, passou maus momentos no final da manhã desta quinta-feira (11), após ter ficado por cerca de meia hora no escuro, trancada na sala de aula, depois que a professora e demais servidores da unidade saíram para o almoço.

No horário da saída, a servidora responsável pelo fechamento dos cômodos do anexo não percebeu que ainda havia uma criança na sala. Desligou o ventilador, apagou as luzes, trancou a porta na chave e seguiu para a sede da escola Haroldo Veloso, que fica distante do anexo cerca de 100 metros.

Passados alguns minutos que as atividades do turno da manhã no anexo haviam encerrado, um vizinho que mora do outro lado da rua ouviu os gritos da criança e foi até o local para ver o que estava acontecendo.

“Eu estava em casa quando meu pai ouviu os gritos desesperados da criança pedindo por socorro. Imediatamente eu fui até lá e vi que a escola estava fechada e não tinha nenhum funcionário lá. Fui até à Escola Haroldo Veloso e contei o que tinha acontecido. Uma funcionário me acompanhou com as chaves do anexo, abriu a sala e tirou a criança lá de dentro. Ela estava assustada e chorando muito. A diretora chegou logo em seguida, pegou a criança pela mão e conversou com ela para que se acalmasse”, contou o vizinho que pediu para não ter seu nome divulgado por temer represálias.

Ainda de acordo com o vizinho do anexo, a funcionária que abriu a sala onde a criança estava trancada, disse que só ia entregá-la para a mãe ou para o Conselho Tutelar. Cerca de 15 minutos depois, a mãe da menina chegou ao anexo bastante irritada com a situação, levou a filha para casa e depois foi até à Secretaria Municipal de Educação (Semed) comunicar o ocorrido e pedir providências.

escola2Eldimara Farias Santos, mãe da criança esquecida na sala de aula, comunicou o caso à Secretaria Municipal de Educação de Santarém, no Pará — Foto: Mabi Borgaro/Tv Tapajós
Eldimara Farias Santos contou que ao chegar ao anexo para buscar a filha e não encontrar ninguém, imaginou que a criança tivesse sido levada pela professora para a escola Haroldo Veloso, então ela foi até lá. Mas, para sua surpresa a criança também não estava lá e ninguém sabia do seu paradeiro. Ela ficou lá por alguns minutos, depois resolveu voltar ao anexo. Chegando lá, encontrou o vizinho que relatou que a criança tinha ficado trancada na sala e que ele ouviu os gritos e acionou a escola.

“Cheguei ao anexo às 11h40, mas não tinha ninguém. Pensei que tivessem levado ela para a escola. Deixaram minha filha trancada na sala. Graças a Deus que o vizinho ouviu e foi procurar ajuda para tirarem minha filha de lá. Eu senti uma revolta muito grande, porque nós pais acreditamos que na escola nossos filhos estão em segurança. Minha filha podia ter morrido. Eu estou denunciando não para prejudicar a escola, mas para que outras crianças não passem pela mesma situação”, disse Eldimara.

Na Semed, Eldimara Farias foi recebida pelo assessor para assuntos educacionais, Marcos Gentil. “A Secretaria Municipal de Educação acolheu os familiares da criança, a demanda e está fazendo os procedimentos, que é essa escuta atenta ao relato da mãe e fazendo os registros e as observações necessárias. A direção da escola já foi notifica para comparecimento imediato à secretaria para ouvir o relato e verificar as ocorrências da manhã de hoje”, explicou.

Ainda de acordo com Marcos Gentil, na atual gestão, nunca tinha havia ocorrência desse tipo. Mas o caso será apurado administrativamente e a criança receberá acompanhamento psicológico caso haja necessidade. “Se o servidor em questão for efetivo, serão adotados todos os procedimentos correspondentes a esse vínculo. Se for um servidor temporário há inclusive a possibilidade de exoneração imediata”, disse.

Por:Sílvia Vieira, G1 Santarém — PA

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: WWW.folhadoprogresso.com.br   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br e/ou e-mail: adeciopiran_12345@hotmail.com

%d blogueiros gostam disto: