Estado Islâmico mata 80 yazidis no Iraque, diz parlamentar

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Grupo extremista também sequestrou mulheres após moradores de vila recusarem convite

Militantes do Estado Islâmico massacraram cerca de 80 integrantes da minoria yazidi e sequestraram as mulheres da vilda de Kawju, no Norte do Iraque, segundo informações divulgadas hoje (16) por Mahama Khalil, um parlamentar yazidi, e duas autoridades curdas.

“Eles chegaram em veículos e começaram a matança nesta tarde”, afirmou o curdo Hoshiyar Zebari à “Reuters“. “Nós acreditamos que é por causa da sua crença: converter ou morrer”. Ele acrescentou, ainda, que drones americanos destruíram dois veículos do comboio após o ataque. Um oficial do Comando Central dos EUA não quis confirmar os relatos.

“Para a segurança do nosso pessoal, não vamos discutir ou especular os relatos de operações em curso ou futuras”, disse o oficial à “BBC”.

De acordo com o morador de um vilarejo próximo, que teria tido contato com um dos militantes do Estado Islâmico, o ataque ocorreu após tentativa de conversão dos yazidis ao islamismo.

“Ele me disse que o Estado Islâmico passou cinco dias tentando convencer os moradores a se converter ao islamismo e que um longo sermão foi proferido sobre o assunto”, afirmou. Moradores da vila que sobreviveram ao ataque informaram a Khalil que o massacre durou cerca de uma hora.

“Ele, então, disse que os homens foram agrupados e mortos a tiros. As mulheres e meninas provavelmente foram levadas para Tal Afar, porque é onde os combatentes estrangeiros estão”.

O avanço realizado por militantes do Estado Islâmico no Norte do Iraque, na fronteira com a região curda, fez com que cerca de 1,2 milhão de iraquianos deixassem suas casas. Além de comunidades inteiras de yazidis, xiitas também fugiram e estão refugiados no Curdistão. O ministro iraquiano de Direitos Humanos, Mohammed Shia al-Sudani, disse à “Reuters” que cerca de 500 yazidis foram mortos na ofensiva.

A perseguição fez com que os Estados Unidos entrassem em ação no país, com ataques aéreos ao Estado Islâmico. O Conselho de Segurança da ONU impôs sanções a seis pessoas associadas ao grupo extremista, incluindo o porta-voz Abu Muhammad al-Adnani. Eles estão sujeitos a uma proibição internacional de viagens, ao congelamento de bens e ao embargo de armas.

Fonte: ORMNews.

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