Estudantes do IFPA Marabá lideram inovação na Amazônia e garantem vaga na final do Solve for Tomorrow
Foto: Reprodução | O projeto dos estudantes marabaenses é o “EcoLuz Trap – Tecnologia de Baixo-Custo contra Vetores na Amazônia” com orientação do professor Riguel Feltrin Contente.
Um projeto desenvolvido por estudantes do IFPA – Campus Industrial de Marabá, no sudeste do Pará, está entre os dez finalistas do 12º Solve for Tomorrow Brasil, programa da Samsung voltado à criação de soluções tecnológicas para problemas reais enfrentados pela sociedade. A iniciativa incentiva alunos do Ensino Médio de escolas públicas a aplicarem ciência e tecnologia em propostas inovadoras.
Os estudantes marabaenses concorrem com o projeto “EcoLuz Trap – Tecnologia de Baixo Custo contra Vetores na Amazônia”, orientado pelo professor Riguel Feltrin Contente. A próxima fase é a etapa de Mentoria para Finalistas, na qual as equipes recebem acompanhamento técnico on-line para aprimorar seus modelos e protótipos. Os vencedores — três por júri popular e três nacionais — serão anunciados no dia 2 de dezembro.
Com a chegada do inverno amazônico e o aumento de água parada, cresce também a proliferação de mosquitos transmissores de doenças como dengue e leishmaniose. Foi nesse cenário que os estudantes do IFPA buscaram uma alternativa acessível às armadilhas comerciais, geralmente de alto custo. O resultado é uma armadilha luminosa simples, eficiente e feita quase inteiramente com materiais reaproveitados.
Segundo o professor Riguel Contente, a proposta utiliza fios reutilizados, uma fonte obtida por doação e uma lâmpada capaz de atrair os insetos. Dentro da estrutura — montada em uma lata — um pequeno ventilador cria sucção, aprisionando o mosquito. “A lâmpada atrai os mosquitos e, ao se aproximarem, eles são puxados pelo ventilador e ficam presos dentro da lata. Assim, retiramos esses vetores de circulação”, explicou.
Além do baixo custo — cerca de R$ 20 — o projeto tem potencial de se tornar uma ferramenta de vigilância epidemiológica. “Por ser de baixo custo, pode ser uma alternativa para órgãos governamentais realizarem monitoramento, especialmente diante das restrições orçamentárias”, destacou o professor. Nos testes-piloto, o dispositivo capturou três importantes vetores presentes na região: Culex (pernilongo), Aedes aegypti e os Flebotomíneos (mosquito-palha).
Esses mosquitos são responsáveis pela transmissão de doenças como filariose, dengue, zika, chikungunya e leishmaniose, todas relevantes para a saúde pública na Amazônia.
A estudante Lucyellen Neres, integrante do projeto, destacou a importância social da iniciativa. “Aprendemos a entender as comunidades que mais precisam e a divulgar o conhecimento que adquirimos. Contribuir como estudantes para um mundo melhor é muito gratificante”, afirmou.
Fonte: Erika Marinho/Portal Debate e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 13/11/2025/13:35:55
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