Ex-namorado perseguia jovem após fim do namoro e já havia tentado matá-la: ‘fazia Pix só para tentar falar com ela’
‘Não sabia da gravidade, senão eu mesma teria ido buscá-la’, lamenta avó de jovem morta pelo ex em Cuiabá
A notícia do feminicídio de Emilly Bispo Cruz, de 20 anos, morta com 14 facadas pelo ex-namorado na manhã de quinta-feira (16), na rua perto da quitinete onde morava no bairro Pedra 90, em Cuiabá, pegou os familiares da jovem de surpresa. A avó dela, que prefere não se identificar, explicou que não sabia que a jovem era vítima de violência doméstica.
Ao Olhar Direto, ela afirmou ainda estar abalada com a morte e não quis falar muito sobre o caso. O filho de Emilly, de quatro anos, é diagnosticado com problemas cardíacos e chegou a passar por uma cirurgia. A criança presenciou o crime e estava de mãos dadas com a mãe quando ela foi esfaqueada.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a jovem identificada como Emily Bispo da Cruz, 20 anos, foi brutalment* ass*ssinada na manhã desta quinta-feira (16), no bairro Pedra 90, em Cuiabá. Ela foi executad* na frente de uma criança. Assista Clique AQUI
“Eu estou destruída. Ele [o filho de Emilly] tem problemas de coração, mas está sendo bem cuidado pela avó paterna. Não sabíamos [da violência doméstica], foi uma surpresa. Me parece que só uma amiga sabia”.
O frentista Antônio Aluízio da Conceição Maciano, suspeito de cometer o crime, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia na tarde dessa sexta-feira (17). Antônio está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
A avó de Emilly, que mora em Pinhais (PR), explicou que após ela se separar do ex-marido, que é pai do filho dela, optou por morar sozinha. Recentemente, ela havia chamado a neta para visitá-la no Paraná. Com a morte da mãe, a jovem foi criada pela avó e não tinha contato com o pai.
“Faz pouco temo que estamos morando aqui no Paraná, mas tem a tia e os primos todos moravam perto dela. Ela assim que se separou do pai do filhinho dela, optou por morar sozinha. Incrível, nós estávamos chamando ela para vir para cá, mas não deu tempo. Não sabia da gravidade da situação, senão eu mesma teria ido buscá-la”.
Sem arrependimento
Apesar do frentista, que confessou o crime em depoimento, ter afirmado que se arrependeu de matar a ex-namorada, o delegado Hércules Batista, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), classificou o suspeito como “frio, impiedoso, calculista e insensível”.
“Ele diz que está arrependido, mas pelo trabalho policial percebemos quando alguém manifesta de uma forma espontânea o arrependimento. Frio, calculista, esperou por ela, premeditou o crime, ceifou a vida de uma mulher que tinha um filho, na presença dele, provocando traumas irreversíveis na vida de uma criança”.
O delegado falou sobre a investigação durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17). De acordo com ele, além de não demonstrar arrependimento, Antônio agiu de forma premeditada, já que pegou a moto de um amigo para ir até a casa da vítima e pretendia viajar para o Pará.
“Encontramos registros de que ele havia adquirido passagem há alguns dias, pegou a motocicleta emprestada de terceiros, ficou circulando em torno da área. É natural do Pará e havia receio de que ele fugisse. Ele possui uma moto, a irmã dele possui uma moto, mas praticou o crime com a moto empresta de um amigo”.
Na versão do depoimento do suspeito, ele alegou que procurou Emilly para conversar e obter resposta de um pedido de casamento que havia feito há alguns dias. Familiares e amigos da vítima confirmaram à Polícia Civil que a jovem tinha medo de Antônio, que não aceitava o fim do relacionamento.
“Esse crime não foi praticado por paixão, não foi passional, é um crime frio, premeditado e calculista. Ela estava vivendo a vida dela, ia levar a criança na escola. Já havia adquirido passagem, falado com amigo para pedir a moto emprestado. Não é um crime passional, nem premeditado. É um crime brutal e bárbaro”.
O suspeito também afirmou que teria sido traído por Emilly, no entanto, o delegado ressaltou que há sempre o “hábito” de culpar a vítima.
“Ele relatou no interrogatório que teve acesso ao conteúdo do celular dela, teria tido acesso a mensagens de outros homens que estariam flertando com ela. Repito: isso não justifica nenhuma prática criminosa, matar uma pessoa porque ela está mandando mensagens. É um crime brutal e merece todo rigor do poder estatal”.
Agressões, perseguições e ameaças eram constantes
Hércules explicou que o inquérito policial demonstra que Antônio invadiu a casa da vítima algumas vezes. Emilly morava com o filho em uma quitinete no bairro Pedra 90. Ao Olhar Direto, uma vizinha, que prefere não se identificar, afirmou que a jovem costumava pedir para dormir na casa dela com medo do suspeito.
“Familiares relataram que ela foi mantido em cárcere privado na casa dele. Era vítima de constantes agressões e ameaças. Obtivemos informações, pelos familiares e vizinhos, que a vítima pediu proteção de amigas e dormiu em outras residências, justamente por medo”.
A Polícia Civil confirmou que Emilly não chegou a registrar boletim de ocorrência contra o suspeito. A amiga explicou que, apesar do medo, acredita que a jovem não imaginava que Antônio cometeria o feminicídio. A faca usada no crime foi apreendida pela DHPP.
“Foi impiedoso, ela gritou. Ele alega que matou porque ficou com raiva dele ter gritado. Vai responder pelo feminicídio, majorado (pena aumentada) de 1/3 até metade. Está sujeito a pena de 18 a 40 anos de reclusão”.
Ex-namorado perseguia jovem após fim do namoro e já havia tentado matá-la: ‘fazia Pix só para tentar falar com ela’
Quando foi abordada e esfaqueada pelo ex-namorado perto da quitinete onde morava no bairro Pedra 90, em Cuiabá, Emilly Bispo da Cruz, de 20 anos, gritou o nome do marido da vizinha, enquanto ele abria o portão para sair do local, na manhã desta quinta-feira (16). A amiga, que prefere não se identificar, explicou que as perseguições de Antônio Aluízio da Conceição Maciano eram constantes
Ao Olhar Direto, ela contou que depois do fim do relacionamento, Emilly confessou sentir medo do ex. Antônio costumava fazer transferências bancárias por Pix para pressionar a jovem a falar com ele.
O marido da vizinha tentou conter Antônio, mas ele fugiu. Com ajuda de um motorista que passava pelo local do homicídio e de outra amiga, a vítima foi levada para a Policlínica do Pedra 90, em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. O filho de Emilly, de quatro anos, presenciou o
crime e foi acolhido pelo marido de uma das vizinhas. Antônio trabalhava como técnico de internet em uma empresa localizada no bairro Pedra 90. Depois de esfaquear brutalmente a ex-namorada, ele fugiu e ainda não foi encontrado pela Polícia Militar. “Ela gritou o nome dele.
Meu marido já começou a bater no portão para chamar a Polícia. Meu marido estava coberto de sangue, está em choque. Ele colocou ela dentro do carro, tentou correr atrás do cara [de Antônio], mas ele subiu na moto e fugiu. Estava em uma Bis preta, de capacete rosa, calça jeans e blusa de frio”. Apesar de não saber exatamente quando Emilly e Antônio terminaram o relacionamento, recentemente a jovem desabafou sobre estar sendo perseguida. De acordo com ela, Emilly decidiu terminar o namoro após ser espancada.
“Ela ficou cheia de hematomas e terminou com ele. Não queria mais. No celular dela tem as mensagens dele. Fazia Pix só para poder falar que queria falar com ela”. Há alguns dias, Antônio foi atrás de Emilly enquanto ela estava com amigos. A vítima estava em um estabelecimento da avenida Beira Rio, em Cuiabá, com amigos. A amiga contou que, como a jovem estava acompanhada, ele foi embora. “Como ela estava com os amigos, ele não fez nada.
Esperou para pegar ela sozinha”. Agressões e ameaças frequentes Segundo a amiga, Antônio já havia entrado na quitinete onde Emilly morava para tentar matá-la após o término. Com medo do ex-namorado, Emilly era acolhida na casa das vizinhas. Em um
dos desabafos, a jovem disse que queria se afastar de Antônio e criar o filho em segurança. “Ela dormia na minha casa com medo dele. Ela só queria se afastar dele e criar o filho dela. Sempre dizia que tinha medo dele fazer algo contra o bebê, porque ele falava que ia matar ela e o filho dela”. O filho de Emilly está sendo cuidado pelo pai, mas a amiga lamentou sobre o trauma a que ele foi exposto. O marido dela, que ajudou a socorrer a jovem, está em estado de choque.
“Quero que ele [Antônio] pague. Ele não pode sair impune, tirou uma vida. Ele tirou uma vida, acabou com a vida do filho dela também, porque ele viu tudo. Vai ficar traumatizado para sempre. Meu marido está em choque, com sentimento de culpa por não ter imaginado que isso aconteceria”.
Não há informações se Emilly já havia procurado a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência contra o marido. Para amiga, ela “acreditava demais na bondade das pessoas”. “Ela confiava demais nas pessoas, acreditava na bondade. Era muito trabalhadora, muito certa, uma pessoa muito boa. Sempre estava com o filho, sempre com ele, era uma mãe atenciosa. Além de trabalhar como designer de sobrancelhas, Emilly era vendedora em uma loja de roupas do bairro Pedra 90.
Ainda não há informações sobre o velório e enterro da jovem. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Por:Jornal Folha do Progresso em 19/03/2023/08:48:09 com informações do prota Olhar Direto
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