Falta de controle na saída de peixe pode ocasionar desabastecimento no Baixo Amazonas

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Constatação foi feita por professor de engenharia de pesca, da Ufopa, em reunião de elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Pesca.

De acordo com estudo feito pelo docente do curso de engenharia de pesca da Ufopa, Charles Hanry, o pescado que deveria abastecer a região do Baixo Amazonas tem saído do município de Santarém, no oeste do Pará, em carretas. Hanry avalia que a falta de políticas de controle e fiscalização implica em uma série de problemas, como a questão sanitária, já que o peixe transportado para outros estados deveria ir acompanhado de um selo (Sistema de Inspeção Federal – SIF) e passar por um teste de qualidade.

“Sai peixe abaixo do tamanho mínimo, espécies que estão protegidas pelo defeso, peixe que poderia estar abastecendo a população local, e de qualquer forma cria uma grande lacuna, no volume que está saindo. Ninguém sabe realmente a quantidade de peixe que está sendo levada”, destaca.

Outro problema segundo Hanry é o prejuízo econômico para o município, a partir da geração de emprego e renda para pessoas das cidades de destino da carga: “Poderia estar gerando emprego e renda para as pessoas daqui, porque só se beneficia o atravessador, ou pescador. E aqui poderia ir para feira, restaurante, supermercados. Iria empregar mais pessoas da região”, lamenta.

Cadeia produtiva

Sobre a organização da cadeia produtiva, muitos pontos precisam ser minuciosamente avaliados e é esta a intenção dos grupos de trabalho que estão desenvolvendo o Plano de Desenvolvimento da Pesca na Região do Baixo Amazonas.

Para uma das coordenadoras do plano organizado pela Sociedade Para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente, Priscila Miorando, o monitoramento da pesca não existe dentro de uma base do governo. “Então, o governo não tem controle sobre a estatística pesqueira, e esse é um gargalo que interfere em vários outros setores do ordenamento pesqueiro que precisa ser resolvido”, disse.

Para o professor e coordenador do Lagis/Ufopa, Keid Nolan, a ideia do monitoramento é uma demanda urgente no que diz respeito à pesca, porque é preciso saber qual a importância real em termos de produção e de valores do segmento de pesca no baixo amazonas. “O que temos são sinais no acompanhamento nos dados do desembarque de que tem algumas espécies como Acari, Pacu e Curimatã, que estão cada vez menores”, observou.

Fonte: G1 Santarém.
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