Fordlândia -Cidade construída por Henry Ford na Amazônia está abandonada,denuncia morador

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As obras deixadas ainda aguardam tombamento como patrimônio histórico brasileiro

Fordlandia
Foto Benson Ford Research Center/Vista aérea de Fordlândia em 1933

Fordlândia foi erguida no fim dos anos 1920 pelo magnata norte-americano, interessado nas seringueiras da floresta amazônica, e não vingou também por desprezo à cultura e à realidade locais, diz superintendente do Iphan, responsável pelo estudo e tombamento.

“Fordlândia é um distrito do município de Aveiro. O território  (área) , trata-se de área da União, o que dificulta a atuação do município no que se refere à investimentos e fiscalização”.

Veja fotos do abandono AQUI

No inicio do mês de Setembro de 2017 o ex-morador Adonys Santos denunciou descaso dos administradores da cidade com as obras deixadas há décadas pelo empresário Americano; estão abandonadas, muito triste, enfatizou. Ele postou no facebook.

Fordlandia- Facebook.
Fordlandia- Facebook.

A mais de  sete décadas da ruína de um pedaço de império no meio da floresta amazônica Fordlândia aguarda pelo tombamento historio.  A cidade esta situada no  sudoeste do Pará, na região de Santarém, a 900 quilômetros de Belém.

Leia:em 2016 juiz mandou IPAHN cuidar do patrimonio de fordlândia

Fordlândia, referência ao empresário norte-americano Henry Ford, que planejava estabelecer ali sua base de fornecimento de borracha. A área hoje está em ruínas. No início deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou rapidez ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) no processo de tombamento, mas ambos concordam que isso não será suficiente para recuperar e preservar o local.

Henry Ford precisava de borracha para os pneus automotivos na região tinha em abundância onde surgiu o projeto da Fordlândia.

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O empresário viu na Amazônia oportunidade de investimento e de fornecimento contínuo e mais barato para seus produtos, fugindo do monopólio britânico. Adquiriu o terreno e, em pouco tempo, criou não apenas uma fábrica, mas uma típica cidade dos Estados Unidos em plena Amazônia, no fim dos anos 1920. Uma little town (cidadezinha) à beira do Rio Tapajós, que chegou a ter mais de 3 mil trabalhadores.

Turista também postou o abandono em paginas da internete após visita a Fordlândia,/veja.

FORD LANDIAAAA

A produção da borracha, no entanto, nunca se firmou. As pragas atacaram as seringueiras e as plantações ainda foram transferidas – outra cidade foi erguida, em Belterra, que faz parte do processo de tombamento em análise pelo Iphan. Mas a indústria também já havia descoberto a borracha sintética. O projeto brasileiro perdia sentido.

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A empresa teve ainda problemas com seus funcionários brasileiros, ao tentar impor uma cultura norte-americana que não se limitava ao modelo de produção e incluía novos hábitos de comportamento e alimentares. Em 1930, por exemplo, houve uma rebelião de trabalhadores, que se batizou de Revolta das Panelas, descrita em detalhes pelo historiador norte-americano Greg Grandin, no livro “Fordlândia – Ascensão e Queda da Cidade Esquecida de Henry Ford na Selva”, lançado no Brasil cinco anos atrás.

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Mato e ruínas

A Fordlândia deixou de existir, definitivamente, em 1945. O governo brasileiro indenizou a empresa e ficou com a infraestrutura, que aos poucos se perdeu. O local chegou a receber instalações federais e fazendas, com casas habitadas por servidores do Ministério da Agricultura. Mas a área foi abandonada aos poucos e os prédios se deterioraram ou foram alvo de vandalismo. Ainda há moradores na região. Alguns ocuparam casas remanescentes da chamada Vila Americana.

http://www.conjur.com.br/2016-mai-17/juiz-manda-iphan-cuidar-preservacao-predios-fordlandia
Galpão de antiga fábrica de borracha em Fordlândia, hoje em ruínas

Recentemente, o repórter Daniel Camargos, do jornal Estado de Minas, visitou o local. Sua descrição a respeito do hospital que funcionava ali ajuda a dar uma ideia do que aconteceu com o passar do tempo: “O projeto do hospital foi elaborado pelo arquiteto Albert Khan, o mesmo que projetou as fábricas da Ford em Highland e River Rouge, nos Estados Unidos. A capacidade era de 100 leitos e foi um dos mais modernos do país, sendo o primeiro a realizar um transplante de pele. Hoje, é só mato e ruínas. No local abandonado, somente o zumbido de mosquito interrompe o silêncio”.

Henry Ford morreu em 1947, sem conhecer sua cidade amazônica.

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Da Redação Jornal Folha do Progresso
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