Fuga em massa no presídio do AM deixa polícia de Santarém em alerta

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Após a fuga em massa de presos de unidades prisionais de Manaus, no estado do Amazonas, as Polícias Civil e Militar estão em alerta em Santarém, no oeste do Pará. Por ser um estado vizinho, o Pará pode servir de rota para e entrada dos foragidos. Estados como Rondônia e Roraima já receberam oficialmente o alerta. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Thiago Rabelo, os órgãos de segurança pública acompanham a situação em Manaus.

A Polícia Militar intensificou o policiamento nas ruas de Santarém. “Infelizmente, vários elementos desses que conseguiram fugir têm ligação com Santarém, então foi passado para todas as unidades, companhias, batalhões a divulgação das fotos dessas pessoas que fugiram para os policiais ficarem atentos a qualquer movimentação estranha”, ressaltou tenente coronel André Carlos Oliveira, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3ºBPM).

Foragidos
Segundo a polícia, dois dos fugitivos da cadeia chamam a atenção por terem envolvimento em crimes no município, como furtos, assaltos e homicídios. Os detentos Euciclei Viana e Rafael Viana são conhecidos como os irmãos “Lota” e “Lotinha”. “Os dois são elementos perigosos e podem ter vindos sozinhos, podem não ter vindo, ainda tudo é especulação, mas é uma preocupação. São elementos com envolvimento em crimes e estamos em campo para ver se encontramos”, enfatizou o delegado Rabelo.

Para ajudar na captura dos fugitivos, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) pede que a população denuncie o esconderijo pelos números 190 e 181.

O mecânico Marcelo Laurindo que foi na manhã desta quarta-feira (4) registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia de Santarém se mostra preocupado com a possível chegada dos criminosos no município. “A gente fica impotente em uma situação como essa. É muito frágil a segurança pública, muita coisa ainda precisa ser feita em prol da população”, afirma.

Penitenciaria Cucuruna em Santarém
Penitenciaria Cucuruna em Santarém

GTO monitora presídio de Santarém 24h para prevenir rebeliões e fugas
Por Adonias SilvaDo G1 Santarém -Diante de um dos maiores massacres da história das cadeias brasileiras, ocorrido no presídio de Manaus (AM), a preocupação das autoridades de segurança pública de todo o país é com a ocorrência de novas rebeliões e fugas de detentos. Em Santarém, oeste do Pará, o Grupamento Tático Operacional (GTO), da Polícia Militar (PM), passou a monitorar por 24h a Penitenciária Sílvio Hall de Moura, na vila de Cucurunã, para prevenir ocorrências. Em dezembro de 2016, três detentos foram mortos no presídio por grupos rivais, segundo a polícia. Um deles chegou a ser decapitado pelos detentos.

Para o tenente coronel André Carlos Oliveira, comandante da Polícia Militar, a situação das rebeliões é reflexo de uma guerra de facções que vem ocorrendo nas cadeias a nível nacional e que em Santarém não é diferente. “Tivemos três mortes em dezembro, relacionadas a essa mesma guerra de facção. Diante desse fato que aconteceu em Manaus, procuramos nos antecipar e nossa ação preventiva foi colocar o GTO vinte quatro horas dentro do presídio para evitar qualquer movimentação com sentido de fazer uma rebelião ou tentativa de fuga em massa”, afirmou.

Mortes no presídio de Santarém
No dia 8 de dezembro, Ednailson Cleiton Maranhão Souto, de 26 anos, foi morto a golpes de estoque – arma artesanal pontiaguda. Segundo a polícia, o crime tinha relação com acerto de contas. No dia 13 de dezembro, Alexsander Ferreira Silva foi decaptado após um tumulto no presídio. No dia 24 de dezembro, o detento Edgar Marques de Almeida Neto foi encontrado enforcado em uma das celas do pavilhão 1. Segundo a polícia, a hipótese apontava para suicídio, porém, segundo as investigações, o detento foi morto por outros presos. Ele inclusive chegou a avisar a família que seria morto.

Fuga do presídio de Santarém
Ainda em dezembro, 14 detentos fugiram do presídio de Santarém por um túnel aberto entre os pavilhões. A informação foi confirmada pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). Dos 14 fugitivos, somente dois foram recapturados pela polícia na vila balneária de Alter do Chão, no dia da fuga. A Polícia Militar (PM) chegou até os detentos após denúncia anônima. Ricardo Antônio Lisboa, de 19 anos e Igor Correa Pimentel, de 22 anos estavam escondidos na casa da esposa de um deles. A Corregedoria da Susipe abriu sindicância administrativa para apurar o caso.

Superlotação e más condições no presídio
A superlotação e as más condições no presídio de Santarém tem preocupado os familiares de detentos. Em dezembro, parte do teto de um dos pavilhões desabou e duas pessoas ficaram feridas. Segundo familiares, a estrutura de outros pavilhões também estão comprometidas, representando riscos aos internos. Parentes dos presos denunciaram a situação precária da casa penal. A Pastoral Carcerária da Diocese de Santarém lamenta a situação em que vivem os internos. O prédio foi construído em 1996 e tem capacidade para 360 presos. Atualmente possui pouco mais de 700.

Do G1 Santarém, com informações da TV Tapajós
 
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