Funcionários da Seduc são presos por fraudar auxílio-natalidade

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A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (05), a operação “Verônica” para investigar um esquema de fraude que envolvia a inserção de dados falsos no sistema de informação do setor de recursos humanos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Até o momento, 32 pessoas foram presas em Belém e Região Metropolitana de Belém (RMB); e nas cidades de Mãe do Rio, nordeste do Pará; Macapá (AP) e Gaspar (SC). Os presos foram conduzidos para a Delegacia-Geral, em Belém, para prestar depoimento. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

As investigações apontam funcionários da Seduc como suspeitos de, no ano de 2016, terem recebido indevidamente quantias em dinheiro referentes ao auxílio-natalidade. O esquema teria ocorrido após informações falsas de pessoas, que supostamente teriam direito ao benefício, por conta da gravidez, terem sido inseridas no sistema de informação de recursos humanos da Secretaria para que os valores referentes ao benefício fossem liberados em folha de pagamento.

As investigações da Polícia Civil foram iniciadas após denúncias feitas pela titular da Secretária de Educação, Ana Cláudia Hage. As primeiras informações recebidas foram de que um dos funcionários responsáveis pelos lançamentos na folha de pagamento, utilizando-se de uma senha padrão, teria inserido no sistema dados falsos sobre filhos de funcionários que, na verdade, não existiam. Dessa forma, ele beneficiava indevidamente alguém com pagamento de auxílio natalidade no valor de um salário mínimo por filho.

O esquema fraudulento foi tomando grandes proporções até que, com o tempo, passou a mobilizar outros funcionários de diversos setores da Seduc e de escolas da rede estadual de ensino que passaram a atuar como responsáveis pela cooptação de outras pessoas interessadas em receber valores de forma ilegal por meio do benefício do Auxílio Natalidade. Em troca, o funcionário do setor de folha de pagamento e os cooptadores recebiam valores que giravam em torno de 50% dos valores indevidamente pagos aos beneficiados pelo esquema.

Durante as investigações, a Polícia Civil constatou que, pelo menos, uma centena de pessoas chegaram a ser beneficiadas de forma indevida com recebimento de dinheiro do Auxílio Natalidade. Dentre as pessoas beneficiadas estão diretores de escolas e professores. Com base nas provas coletadas durante as investigações, as autoridades policiais solicitaram à Justiça os mandados de prisão preventiva das pessoas identificadas como integrantes do núcleo central do esquema e os mandados de prisão temporária das pessoas beneficiadas com o recebimento dos valores do Auxílio Natalidade de forma ilegal. Ao todo, 40 mandados foram expedidos pela Justiça do Estado, para cumprimento.
Por: Portal ORM
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