Gasolina e diesel ficam mais caros a partir desta terça-feira (9)

Diante de altas consecutivas, Dieese Pará enviará levantamento de preços ao Ministério Público e Procon  – (Foto:Ricardo Moraes / REUTERS)

A Petrobras anunciou na tarde de segunda (8) novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel na refinaria. Os novos valores entram em vigor no Pará e em todo o Brasil a partir desta terça-feira (9).

A gasolina terá aumento de 9,20% e o óleo diesel, de 5,50%. Com o sexto reajuste do ano, a gasolina já acumula alta de 50% em 2021, enquanto o óleo diesel, com o quinto aumento consecutivo, está 41,60% mais caro em comparação com dezembro de 2020.

O economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), Roberto Sena, anuncia que enviará nesta terça (9) ao Ministério Público do Pará (MPPA) e à Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PA) levantamento sobre os aumentos recentes dos combustíveis e dos alimentos em território paraense, para que os órgãos acompanhem a “situação preocupante que estamos enfrentando”. “O que pudemos afirmar é que o Pará voltou a figurar entre os estados com o combustível mais caro do Brasil.

No Sul do Pará o litro da gasolina já está chegando a R$ 6”, afirma.Sena destaca que a trajetória do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, neste ano, iniciou com aumento de 7,60%, em 18 de janeiro.

Em seguida, no dia 26 de janeiro, o reajuste foi de 5%. No dia 8 de fevereiro, o aumento foi de 8,10%, e em 18 do mesmo mês houve novo reajuste, de 10,20%. Já na semana passada, no dia 1º de março, o preço ficou 4,80% mais caro, e agora, é implementado o novo reajuste, de 9,20%.O óleo diesel foi reajustado pela primeira vez no ano em 26 de janeiro, em 4,40%. Em seguida, houve quatro momentos, até esta semana: em 5,10%, em 8 de fevereiro; em 15,10%, dez dias depois, em 18 de fevereiro; em 5%, dia 1º de março; e reajuste colocado em prática hoje, de 5,50%.

Para Roberto Sena, a situação do Pará é mais preocupante que em outros estados brasileiros. “O efeito dominó do aumento do preço dos combustíveis, certamente, deve atingir também o preço do transporte público.

No caso dos alimentos, temos o agravante de que mais de 60% dos produtos que consumimos aqui vem de outros estados. Com a alta do diesel, principal combustível utilizado para o transporte dos alimentos, a alimentação também fica mais cara”, frisa o economista.

O presidente da Federação Nacional dos Mototaxistas e Motoboys do Brasil-Seção Pará (Fenamoto-PA), Alessandro Félix, avalia que o aumento da gasolina nas refinarias deve representar um reajuste de 25 centavos nos postos da Região Metropolitana de Belém (RMB).

“Nós, mototaxistas, gastamos em média, de R$ 700 a R$ 800 por mês só em gasolina. É claro que qualquer aumento acaba sendo relevante, pois representa menos um reparo na moto que poderíamos fazer, por exemplo”, destaca.Sobre novas mobilizações políticas da categoria em razão dos aumentos, o dirigente da categoria afirma que está aguardando as determinações do movimento em âmbito nacional.

“Mas o que podemos dizer é que muita gente está sendo atingida, já que a nossa categoria teve aumento de mais de 50% em número de trabalhadores durante a pandemia, principalmente por causa do delivery.

Na Região Metropolitana de Belém, somos hoje 16 mil trabalhadores. Em todo o Pará, estamos em 80 mil motoboys e mototaxistas”, informa.O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Pará (Sindicombustíveis-PA) afirma que o preço do combustível vendido nas refinarias não tem relação direta com o preço final pago pelo consumidor, “isto porque são acrescidos impostos, fretes, entre outros custos, como biocombustíveis”.

“A gasolina é composta por 27% de etanol anidro, que subiu quase 10% apenas esta semana. O diesel por sua vez é composto por 12% de biodiesel, que também sofre elevação”, acrescenta a entidade.O Sindicombustíveis diz ainda que os postos dependem do preço cobrado pelas distribuidoras para firmarem seus preços de venda e que a formação de preços é livre e depende da análise de cada empresa, conforme necessário para manutenção do empreendimento.

Por:Abílio Dantas

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