Governo conclui estudo da Ferrovia Açailândia-Barcarena e prevê leilão em 2026

Foto:Reprodução | A nova rota pretende criar um corredor ferroviário independente da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e ampliar o escoamento de grãos, minérios e combustíveis até o complexo portuário de Vila do Conde

O governo federal concluiu o estudo de viabilidade técnica e ambiental que define o traçado final da Ferrovia Norte-Sul entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA), um dos projetos mais aguardados pelo setor logístico e portuário da Região Norte. A nova rota pretende criar um corredor ferroviário independente da Estrada de Ferro Carajás (EFC), controlada pela Vale, e ampliar o escoamento de grãos, minérios e combustíveis até o complexo portuário de Vila do Conde.

A minuta do edital da concessão será enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU) nos próximos meses, e o leilão está previsto para 2026, segundo o Ministério dos Transportes. O estudo, conduzido por técnicos contratados pelo governo, aponta que o projeto tem capacidade de movimentar R$ 8,5 bilhões por ano em riquezas, somando ganhos para produtores agrícolas, mineradoras, indústrias e governos estaduais e municipais.

“O trecho em estudo visa a dar continuidade e viabilizar a interligação ao complexo portuário de Vila do Conde [em Barcarena, no Pará] e a independência em relação à EFC [Estrada de Ferro Carajás] para o escoamento até os portos”, destaca o documento.

Traçado e potencial logístico

O novo trecho da Norte-Sul terá 535 quilômetros de extensão, cortando 12 municípios, dois no Maranhão (Açailândia e Itinga) e dez no Pará, incluindo Dom Eliseu, Paragominas, Tomé-Açu, Tailândia, Moju, Abaetetuba e Barcarena. A escolha considerou o trajeto economicamente mais viável e com menor impacto ambiental.

O estudo identificou ainda que 95% do percurso tem declividade inferior a 6%, fator que reduz o consumo de combustível e os custos de operação, um diferencial relevante para atrair operadores logísticos e investidores.

O projeto também prevê a construção de pontes e viadutos para cruzar 36 rios e igarapés e dez rodovias. O custo das desapropriações está estimado em R$ 434 milhões, afetando uma área de 22,3 km², majoritariamente rural.

De acordo com o levantamento, o traçado não corta diretamente terras indígenas nem unidades de conservação, embora duas terras indígenas, Barreirinha (Paragominas) e Sarauá (Ipixuna do Pará), estejam dentro do raio de influência da ferrovia. O estudo recomenda medidas de mitigação e consultas às comunidades locais, conforme exigido pelos órgãos ambientais.

Com a chegada da Norte-Sul, Barcarena deve se consolidar como o principal polo logístico do Norte, unindo a produção agrícola e mineral do interior ao Porto de Vila do Conde, um dos mais movimentados do Arco Norte. A ferrovia é vista como o elo que faltava para integrar o Pará ao sistema ferroviário nacional, reduzindo custos logísticos e ampliando a competitividade do estado nas exportações.

Após a análise do TCU, o Ministério dos Transportes pretende lançar o edital e realizar o leilão em 2026. O projeto é considerado estratégico para o Plano Nacional de Logística, que busca diversificar modais de transporte e reduzir a dependência de grandes concessionárias privadas.

 

Fonte: Portal Debate e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 14/10/2025/07:00:00

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