Grãos produzidos em MT ficam parados em bloqueios na BR-163 a caminho dos portos no Pará

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Caminhões parados em trecho de estrada de chão na BR-163 — Foto: Divulgação

Por determinação do Dnit, a PRF controla o fluxo de caminhões em trecho da BR-163 entre Mato Grosso e o Pará. A soja armazenada em caminhões parados começa apresentar a problemas.

A cada safra, a BR-163 se torna mais importante para o escoamento da safra de Mato Grosso. É pela rodovia que os grãos produzidos na região Norte chegam até as embarcações dos portos do Pará, mas nos últimos dias os grãos ficaram parados, em cima de caminhões.

A soja armazenada em caminhões parados no Norte começa apresentar a problemas. Na lateral de alguns veículos, é possível ver grãos germinando.

As carretas carregadas com grãos foram impedidas de seguir viagem. Uma barreira foi feita para evitar o acúmulo de caminhões na BR-163.

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Um caminhão está estacionado em Guarantã do Norte há mais de uma semana, com uma carga de 32 toneladas de soja. Como está há muitos dias exposto a sol e chuva, alguns grãos germinando e pequenas raízes saem da carroceria da carreta.

O caminhoneiro precisa levar a carga até o Porto de Miritituba, mas foi impedido devido ao bloqueio feito pela Polícia Rodoviária Federal, desde o dia 3 de março, impedindo que os veículos entrem no Pará.

A barreira foi determinada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) depois que atoleiros se formaram em trechos de terra da rodovia. São quase 50 km, divididos em dois lotes, que ainda precisam ser asfaltados.

O problema é antigo e se repete em todas as safras, quando o número de carretas que seguem para os portos do Pará aumenta muito.

O bloqueio na rodovia impede o escoamento da safra de soja de Mato Grosso. No armazém, aproximadamente 8 mil toneladas de grãos já deveriam ter sido levadas para os portos do Pará e essa realidade já dificulta o cumprimento de contratos.

Hhelário Hermann, dono do armazém, disse que a medida vai atrasar o pagamento para o produtor, que, consequentemente, vai atrasar os compromissos, como o pagamento de prestação de maquinários, funcionários. “Muitos produtores já estão com problema para comprar óleo diesel, porque não conseguiram ainda cumprir seus contratos”, afirmou.

A unidade de armazenamento tem capacidade para 18 mil toneladas de grãos e recebe soja de vários produtores da região norte do estado. O receio é que falte espaço para o armazenamento, já que em 50% das áreas desses produtores ainda não foi feita a colheita.

“A gente tem uma clientela de produtores que abrange praticamente os municípios de Novo Mundo, Guarantã, Peixoto de Azevedo e Terra Nova do Norte. Eu acredito que ainda uma semana a gente consegue estar operando com tranquilidade, mas a partir disso aí, já começa a preocupar a questão de espaço no armazém. Infelizmente não tem o que fazer, o produto vai acabar ficando em cima de caminhões mesmo”, reclamou Helário Hermann.

Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), normalmente mais de mil caminhões carregados com grãos do estado, vão para os portos do Pará diariamente. Por isso, destaca que a paralisação de alguns dias gera muitos prejuízos.

“Sabe-se muito bem que um caminhão parado, onde já poderia ter feito uma segunda viagem e acaba não fazendo nem a primeira, automaticamente o prejuízo é muito elevado. Primeiramente, para a empresa, dona do caminhão, ou para o próprio motorista. Segundo, para as próprias empresas que precisam desse produto lá, eles têm demanda, navios ficam parados e com certeza esse prejuízo vem parar todo no bolso do produtor, porque vai ser tirado no preço do produto e na quarta situação isso é prejuízo para o Brasil”, avaliou o presidente da Aprosoja, Antônio Galvan.

Em nota, o Dnit informou que equipes do órgão, junto com o Exército Brasileiro e a Polícia Rodoviária Federal estão trabalhando 24 horas por dia na BR-163, a fim de viabilizar a trafegabilidade da via entre Moraes Almeida e Novo Progresso, cuja extensão é de 100 quilômetros.

Argumentou que as condições de uma estrada não pavimentada na Amazônia, o grande número de carretas circulando diariamente, e as fortes chuvas no local nessa época do ano, há necessidade do trânsito fluir de forma lenta e ordenada, para permitir que a via continue sendo utilizável e evitar acidentes sérios na via, particularmente com carretas.

Para reparos e colocação de pedras no trecho, há necessidade de fazer interdições programadas no segmento entre o km 355, e o km 381, distantes 26 km.

As obras de reparação maiores serão executadas das 15h às 17h, bem como das 3h às 0h. Nos demais horários, e durante 24 horas por dia, serão estocados materiais de construção (particularmente pedras), bem como realizados trabalhos mais simples na estrada.
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Por Laércio Romão, Daiane Stela e Everton Medeiros, TV Centro América

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