Guardas municipais de Castanhal acusados de integrar grupo de extermínio têm pedido de liberdade negado pela Justiça

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Guardas municipais de Castanhal acusados de integrar grupo de extermínio têm pedido de liberdade negado pela Justiça
Reprodução / Polícia Civil

14 guardas solicitaram pedido de liberdade. Eles são acusados de tortura e morte.

O Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) negou, nesta segunda-feira (21), pedido de liberdade solicitado pela defesa dos 14 guardas municipais acusados de envolvimento em homicídios em Castanhal, na Região Metropolitana de Belém. Os guardas estão presos desde agosto deste ano, quando foram alvos da Operação Modelo deflagrada pela Polícia Civil.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), os presos são acusados de envolvimento em grupos de extermínio. Eles teriam de torturado e matado o adolescente Mateus Souza da Silva, de 17 anos, no dia 22 de abril de 2018. A morte teria ocorrido como forma de vingança após o atentado sofrido por um guarda municipal que prestava serviço particular de segurança.

Assim, segundo o MPPA, alguns dos denunciados abordaram Mateus quando o adolescente seguia para a casa de sua avó paterna, colocando-o na viatura da Guarda Municipal e seguindo para lugar ignorado, uma vez que o adolescente não foi apresentado pelos agentes em nenhuma delegacia de Castanhal. No dia seguinte, o corpo de Mateus foi encontrado em um local ermo, localizado no Ramal do 22, próximo à Agrovila Castelo Branco, zona rural de Castanhal. Os laudos apontam que a vítima foi executada com vários disparos de arma de fogo, na cabeça, no sentido de trás para frente. O adolescente era estudante e não tinha passagens pela polícia.

No pedido de liberdade, os advogados de defesa alegaram falta de fundamentação para a decretação das prisões preventivas, mas o relator do processo entendeu que as prisões estão devidamente fundamentadas na garantia da ordem pública, não havendo qualquer irregularidade.

Tiveram seus pedidos de liberdade negados os réus Adailson da Silva de Oliveira, Anderson Boaventura da Silva, Carlos Augusto Rufino da Silva, Darlei Lima de Moura, Elias Fabiano de Carvalho Gomes, Ewerton Paulo Rodrigues da Silva, João Luiz Silva de Castro, Ricardo Benedito Lameira Júnior, Rodrigo Valente Cunha, Ronieri Ferreira Bezerra, Samuel Piedade Barbosa, Tarcízio Alves de Oliveira, Thiago Silva Ribeiro e Raimundo Mailson Pereira Couto.

“Limpeza social”

À época das prisões do grupo, o delegado-geral de Polícia, Alberto Teixeira, disse que o grupo tinha como objetivo realizar uma “limpeza social” no município e nas cidades vizinhas.

“As investigações nos levam à tese de que era um grupo de extermínio. Pessoas que tinham envolvimento com a criminalidade eram exterminadas. Apesar disso, o grupo não caracteriza uma milícia”, afirmou o delegado.

A Operação Modelo investiga casos de homicídio na região nordeste do estado. De acordo com a polícia durante a operação 54 mandados de Justiça foram cumpridos, sendo 35 de busca e apreensão e 19 de prisão.

De acordo com Alberto Teixeira, o então comandante da guarda estava ligado às ações. “Infelizmente se trata de um agente público. As investigações nos levam a crer que ele estava ligado as ações, dando suporte aos casos. Ele também tem responsabilidade na autoria”, explicou o delegado.

Por G1 PA — Belém

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