Hamilton vence GP do México, iguala marca de Prost e adia decisão do título para Interlagos. Rosberg é segundo

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Nico Rosberg terá de esperar pelo menos até o GP do Brasil para soltar o grito de campeão da garganta. Assim como aconteceu na semana passada, nos Estados Unidos, o alemão não foi páreo para o rival Lewis Hamilton, que arrancou para uma grande vitória no GP do México, neste domingo (30), a partir da largada. Desde então, o britânico controlou a prova e evitou a aproximação de Nico, ganhando sobrevida na briga pelo título. Depois do triunfo diante de uma multidão de mais de 100 mil pessoas nas arquibancadas do Autódromo Hermanos Rodríguez, Hamilton agora soma 330 pontos, 19 a menos que Rosberg, que teve de secontentar em segundo lugar. Restam o GP do Brasil, dentro de duas semanas, e a etapa derradeira da temporada 2016, em Abu Dhabi, no dia 27 de novembro.

O triunfo de Hamilton neste domingo foi histórico porque o colocou empatado em segundo lugar na lista dos maiores vencedores da história da F1. Agora Lewis soma as mesmas 51 vitórias de Alain Prost, porém ficando a nada menos que 40 de igualar o maior vitorioso do esporte em todos os tempos, Michael Schumacher.

Rosberg segurou bem um impetuoso Max Verstappen, que lutou como nunca pelo segundo lugar, inclusive arriscando tudo em uma manobra de ultrapassagem que levantou a torcida que lotou as arquibancadas no Autódromo Hermanos Rodríguez, mas o jovem holandês não conseguiu equilibrar sua Red Bull e permitiu que Nico retomasse o segundo lugar para se manter ainda em boas condições de ganhar o título.

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Lewis Hamilton evitou os problemas e largou bem na frente do pelotão no GP do México. O britânico segurou a pressão de Nico Rosberg, retardou a freada e acabou passando reto na primeira (e apertada) curva do Hermanos Rodríguez.  Max Verstappen também retardou a freada e dividiu a primeira curva com Rosberg, com as rodas dos dois carros se tocando, mas sem grandes problemas para os pilotos. O incidente entrou sob investigação pouco depois, mas sem consequências. Nico Hülkenberg também largou muito bem e subiu de quinto para quarto.

Na ‘zona da confusão’, Esteban Gutiérrez acabou tocando no carro de Pascal Wehrlein. O alemão perdeu o controle da sua Manor e acertou a Sauber de Marcus Ericsson. Wehrein abandonou, Ericsson foi para os boxes, mas se manteve na pista, e a direção de prova acionou o safety-car virtual. Pouco depois, a corrida entrou em regime de safety-car. Daniel Ricciardo aproveitou a oportunidade para entrar nos pits e trocar os pneus supermacios pelos médios, claramente adotando uma estratégia diferente. © Fornecido por Grande Prêmio Precisando vencer para adiar a definição do título em pelo menos mais duas semanas, Hamilton andava forte e já conseguia abrir 2s de vantagem para Rosberg na sétima volta da corrida. Verstappen andava próximo de Nico, bem próximo, já que o piloto da Red Bull contava com pneus supermacios, contra os macios do piloto da Mercedes. Hülkenberg continuava em quarto, seguido por Kimi Räikkönen, Felipe Massa e Sebastian Vettel. Felipe Nasr vinha em 16º.

Aos poucos, Rosberg abria perante Verstappen e deixava a corrida bastante previsíve entre os três primeiros colocados. Hülkenberg também fazia uma corrida isolada, enquanto Vettel pressionava Massa na briga pelo sexto lugar. Em seguida, Sergio Pérez lutava ferozmente com Valtteri Bottas pelo oitavo posto da prova. Ricciardo buscava a recuperação e já estava em 12º lugar na volta 12 da corrida, enquanto incidentes entre Fernando Alonso e Carlos Sainz e o choque entre Gutiérrez, Wehrlein e Ericsson também entravam sob investigação. Sainz acabou sendo punido por ‘jogar’ o compatriota para fora da pista.

Verstappen abriu oficialmente a janela de pit-stops para quem havia largado com os pneus supermacios. O holandês parou na volta 14. No giro seguinte, foi a vez de Massa parar. Mas antes o brasileiro foi alvo de mais uma reclamação de Vettel, que o chamou de “estúpido” por considerar que o piloto da Williams estava devagar de propósito. E Aonso, antes de sua primeira parada, bradou via rádio com o engenheiro da equipe, que pediu para apertar o ritmo nas voltas antes de trocar os pneus. “Estou acelerando desde a primeira volta. Por 15 voltas, no tráfego. Faça o seu trabalho que eu faça o meu”, esbravejou o bicampeão.

A primeira Mercedes a fazer sua parada foi a de Hamilton, na volta 18. O britânico abriu o segundo stint com pneus médios, indicando claramente uma estratégia de duas paradas. Rosberg, por sua vez, esticava um pouco o primeiro stint antes de parar na 21ª volta, assim como Räikkönen. Vettel, que continuava na pista, vinha em primeiro em seu stint com pneus macios, seguido por Hamilton e Rosberg em terceiro. Ricciardo aparecia em quarto lugar, mas tinha ritmo mais lento por estar com os pneus mais desgastados. Assim, o australiano abriu passagem para Verstappen fazer a ultrapassagem.

© Fornecido por Grande Prêmio Vettel esticou ao máximo o seu stint e só fez a parada na volta 33. A estratégia do alemão era clara, de tentar fazer o restante da corrida sem realizar outro pit-stop. Assim, Hamilton retomava a liderança da corrida, seguido por Rosberg e Verstappen, que se aproximava muito do piloto da Mercedes. Era uma disputa claramente marcada pela estratégia no México.

O início da segunda metade da corrida tinha Rosberg buscando acelerar para sair um pouco da alça de mira de Verstappen. Pérez ainda lutava com Nasr pela nona colocação, e o brasileiro conseguia se defender com tranquilidade em uma disputa limpa, com a torcida asteca apoiando muito o piloto da Force India. Já a batalha interna na Sauber entre Ericsson, que estava em 11º, e Felipe Nasr, que vinha logo atrás, estava quente, com a escuderia suíça tendo uma grande chance de enfim chegar aos pontos pela primeira vez na temporada.

Com o passar dos carros na pista e o alto índice de desgaste dos pneus, a reta dos boxes já mostrava um trilho de asfalto limpo, e a sujeira já ficava bastante à vista.  As equipes mostravam preocupação com a condição dos compostos na reta final da prova. Rosberg, por exemplo, completava 22 voltas com os pneus médios, enquanto Verstappen chegava a 30 após o giro 43 da corrida. © Fornecido por Grande Prêmio Mas antes da segunda parada, na volta 50, Rosberg e Verstappen protagonizaram uma bela briga pelo segundo lugar. O holandês foi agressivo, bem ao seu estilo, forçou a ultrapassagem na entrada da curva 4, mas saiu de frente e permitiu a Nico retomar a segunda colocação. Mas foi uma bela manobra, aplaudida pela Red Bull e pelo público nas lotadas arquibancadas. Em contrapartida, Esteban Gutiérrez e Romain Grosjean voltavam a sofrer com problemas nos freios da Haas.

Enquanto Pérez continuava atrás de Massa na luta pelo nono lugar, Nasr fazia sua primeira e única parada na vota 50 e se colocava em 16º lugar, logo atrás da McLaren de Fernando Alonso. Ericsson seguia na pista e estava em 11º, na posição imediatamente atrás da zona de pontuação.

As voltas finais do GP do México mostravam Hamilton e Rosberg tranquilos em suas colocações. Nico não tinha mais a ameaça de Verstappen, que por sua vez passava a ver cada vez maior nos retrovisores a Ferrari de Vettel, que contava com pneus bem menos desgastados. Ricciardo vinha mais atrás, em quinto, à frente de Hülkenberg, que fazia uma corrida bastante estável, mas tinha a pressão de Räikkönen. As outras posições continuavam as mesmas: Bottas em oitavo, com Massa em nono e Pérez fechando em décimo, além de Ericsson perto da zona de pontuação.

No fim da corrida, Verstappen não conseguiu segurar a melhor performance de Vettel com seus pneus. O holandês se defendeu, mas passou reto pela grama e se manteve na frente. Só que Ricciardo também vinha rápido e emparelhou lado a lado com o tetracampeão, que conseguiu segurar o quarto lugar. Mais atrás, Räikkönen ganhava de Hükenberg a sexta posição da prova. O piloto da Force India acabou rodando, mas conseguiu permanecer no top-10.

Por Grande Prêmio FERNANDO SILVA
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