Hoje faz 12 anos que o Papão foi o melhor time do Brasil

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4 de agosto de 2002 foi a data que o Paysandu venceu o Cruzeiro por 3 a 0 nos pênaltis e sagrou-se campeão da Copa dos Campeões

Quem vê o Paysandu Sport Club hoje, disputando a terceira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol, não reconhece o time que há exatamente 12 anos conquistou o título de maior importância na sua centenária história: campeão da Copa dos Campeões.

Depois de ter superado equipes como Fluminense-RJ, Corinthians-SP, Náutico-PE, Bahia-BA e Palmeiras-SP, o Papão chegou à final da Copa dos Campeões – competição que envolvia os campeões das copas Norte e Centro-Oeste, os três primeiros da Copa do Nordeste, os quatro primeiros da Copa Sul-Minas e os seis primeiros do Torneio Rio-São Paulo, além o campeão da Copa dos Campeões da edição anterior – invicto e com a missão de superar o Cruzeiro-MG.

Na primeira partida, o Bicho Papão da Amazônia não conseguiu superar a força da Raposa Mineira em pleno Mangueirão e foi derrotado por 2 a 1. Mas no dia 4 de agosto de 2002, pelo segundo jogo da final, o Paysandu honrou os torcedores bicolores que invadiram o estádio Castelão, em Fortaleza-CE, e assim como diz o seu hino popular – ‘Quando perde é por descuido, mas depois vem a virada’ – a virada aconteceu de forma imponente e heroica.

Precisando vencer o adversário mineiro por um gol de diferença para levar a decisão para a disputa de penalidades, o Bicola não iniciou bem a partida. Com 9 minutos, o Cruzeiro abriu o placar com o atacante Fábio Júnior, dando a impressão que a raposa confirmaria o título sem dificuldades.

Foto: Raimundo Paco /O Liberal

Foto: Raimundo Paco /O Liberal

Em um período brilhante de sua história – tinha conquistado o título da Série B em 2001 e o título da Copa Norte em 2002 – o ‘Time de Suíço’ respondeu quase de imediato. Enquanto os mineiros ainda comemoravam, o atacante Vandick Lima igualou o marcador aos 11 minutos, após o goleiro Jefferson dar rebote dentro da área. O camisa 9 mostrou oportunismo e deixou a sua marca

Só que a história do atacante estava só começando naquele jogo. Dez minutos depois, o lateral-esquerdo Luís Fernando cruzou e Vandick desviou para o fundo do barbante de Jefferson. Virada do Papão, 2 a 1.

A virada bicolor deixou o jogo aberto. Enquanto o Cruzeiro, abalado, partia desesperado para frente, o Paysandu recuava e explorava os contra-ataques. Porém, a pressão cruzeirense foi tamanha que aos 39 minutos do primeiro tempo o zagueiro Cris aproveitou o cruzamento de Joãozinho e empatou a partida. Mas em tarde inspirada, Vandick não permitiu que o clube paraense fosse para o intervalo em desvantagem no placar agregado (4 a 3) e marcou o terceiro gol alviazul na partida aos 40 minutos, ao acertar outra cabeçada indefensável para Jefferson.

Embora desgastadas, as duas equipes mantiveram a disposição ofensiva no segundo tempo. A exemplo da etapa complementar, com pouco tempo de jogo o atacante Fábio Júnior mostrou faro de artilheiro. Aos 6 minutos, Jussiê chutou forte da entrada da área. Marcão não segurou e o atacante não teve trabalho para empatar e colocar o time mineiro com uma mão na taça. Porém, aos 12, a bola foi cruzada na área mineira, o zagueiro bicolor Gino desviou, tirando Jefferson da jogada e Jóbson, na segunda trave, cabeceou para o gol vazio, desempatando e levando a decisão do título do torneio para a cobrança de pênaltis.

Se o torcedor bicolor levou as suas emoções aos dois extremos durante os 90 minutos de bola rolando, o coração bicolor foi só alegria nas penalidades. Logo na primeira cobrança, o meia Ricardinho acertou o travessão de Marcão e desperdiçou a chance de colocar o Cruzeiro na frente. Autor do quarto gol bicolor, Jobson colocou o Papão na frente. Depois, Vânder e Jussiê não erraram as suas penalidades para o time mineiro. Vélber e Luiz Fernando garantiram o título bicolor na competição, que de quebra garantiu o time na Copa Libertadores da América de 2003, participação inédita de um time da região Norte do país e fez o estado do Pará pular de alegria naquele domingo.

Foto: Marcos Michelin/Estado de Minas

Foto: Marcos Michelin/Estado de Minas

Ficha Técnica

Paysandu: Marcão, Marcos, Gino, Sérgio e Luís Fernando; Sandro, Rogerinho, Jóbson e Wélber; Jajá (Vânderson) e Vandick (Albertinho).

Treinador: Givanildo Oliveira

Cruzeiro: Jefferson, Maicon (Ruy), Cris, Luisão e Leandro; Recife, Ricardinho, Vânder e Jorge Wágner (Jussiê); Joãozinho e Fábio Júnior.

Treinador: Marco Aurélio

Local: Castelão, em Fortaleza/CE

Árbitro: Paulo César de Oliveira/SP

Gols: 

Cruzeiro: Fábio Jr – 9(1T), Cris – 39(1T) e Fábio Jr – 3(2T).

Paysandu: Vandick – 11(1T), 22(1T), 40(1T) e Jobson – 12(2T)

Pênaltis: Paysandu 3×0 Cruzeiro

Paysandu: Jobson, Velber e Luis Fernando anotaram.

Cruzeiro: Ricardinho, Vânder e Jussiê perderam

Cartões Amarelos: Fábio Jr (C), Vânder (C), Ricardinho (C), Jóbson (P) e Gino (P).

Fonte: ORMNews.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato  Tel. 3528-1839 Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

 

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