Hospital alerta para ataques de serpentes no nordeste do Pará

De janeiro a junho de 2017, o HGT atendeu 87 pessoas vítimas de animais peçonhentos. Dessas, 74% sofreram ataques de serpentes.

Os atendimentos a vítimas de animais peçonhentos registrados de janeiro a junho deste ano no Hospital Geral de Tailândia (HGT), no nordeste do Pará, somam 87, sendo que 74% dessas pessoas sofreram ataque de serpentes, a mais comum é a jararaca. Escorpiões e aranhas também são responsáveis por ataques na região, que é uma área de matas e florestas. Diante dos dados, o hospital alerta a população.

De acordo com o diretor técnico do HGT, Paulo Henrique Ataíde Pereira, o hospital possui estrutura e profissionais para atendimento de todos os graus de reação de vítimas com picadas de qualquer animal peçonhento. Na unidade de saúde, esse tipo de assistência é realizada 24h e o usuário recebe a classificação de atendimento dependendo da reação à picada, tipo de animal, da parte do corpo mordida, da quantidade de veneno introduzido no organismo.

Estatísticas mostram que menos de 30% das cobras brasileiras são venenosas. No entanto, o veneno de uma jararaca – das espécies de serpentes do gênero Bothrops – cascavel ou coral, podem levar à morte em pouco tempo. Por isso é importante buscar o socorro o mais rápido possível para que a soroterapia de antiofídico seja iniciada logo depois do ataque.

Normalmente, as vítimas sentem dor náuseas, palidez, pulso fraco, rigidez na nuca, visão confusa e perda da consciência. “Os procedimentos começam imediatamente com a soroterapia que pode ou não ser associada com outras medicações e procedimentos como cirurgias devido as reações teciduais e para retirada de secreções”, explica o médico.

Paulo Henrique comenta que há casos mais raros que evoluem com complicações. Esses são encaminhados para a Unidade de Cuidados Intermediário (UCI), que possui suporte avançado dentro das possibilidades para sair da fase aguda do veneno.

Foi o caso de um menino de apenas 6 anos, que ao passear na fazenda de amigos da família foi picado por uma jararaca. Ao perceber o machucado, a mãe dele o levou imediatamente para o HGT. A picada foi no pé esquerdo e teve evolução com complicações do quadro de saúde. A criança ficou internada, teve que passar por uma cirurgia, mas já teve alta e passa bem.

A lavradora Marilene da Cruz Moreira, de 36 anos, também levou um susto ao ver a filha de 6 anos ser mais uma vítima de picada de jararaca, em junho. Residente na Vila de Soledade, a 60 km de Tailândia, ela chegou a tempo hábil de sua única filha receber a soroterapia na urgência do HGT.

O médico Paulo Henrique diz que conhece a região e sabe que, em alguns lugares é muito difícil evitar esses acidentes com peçonhentos, especialmente com crianças. Ele destaca que é importante evitar entrar em regiões de matas e florestas e ressalta a importância de usar botas resistentes e calças compridas. “Olhar sempre nos locais onde vai pisar”, orienta.

O Hospital Geral de Tailândia fica na Avenida Florianópolis, s/n, no Bairro Novo. Mais informações pelo telefone (91) 3752-3121.

Fonte: G1 PA.
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