HPV: mais de 177 mil meninos devem ser vacinados no Pará.

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 A partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). No Pará, serão 177,4 mil meninos beneficiados, além de 249 jovens entre 9 e 26 anos vivendo com HIV/Aids. A campanha ainda inclui 348,6 mil adolescentes paraenses de 12 e 13 anos, de ambos os sexos, que vão receber vacina contra meningite C.
“A ampliação da vacina aproveita a redução de doses no grupo das meninas”, destacou o ministro Ricardo Barros. A faixa etária do público-alvo será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos meninos de 9 a 13 anos. A expectativa é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com HIV/Aids. Para isso, o ministério está adquirindo seis milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante, a ampliação pode impactar na alta complexidade, com a redução dos casos de câncer. Já a ampliação da vacina contra meningite C foi possível devido à economia de R$ 1 bilhão  com a revisão de contratos e redução dos valores de aluguéis e serviços. Parte dos recursos, R$ 227 milhões, vai para a produção da vacina pela Fundação Ezequiel Dias.
Foram adquiridas 15 milhões de doses, a um custo de R$ 656,5 milhões. O objetivo é reforçar a eficácia da vacina meningocócica C, uma vez que pode haver diminuição da proteção após a imunização na infância. A vacinação será ampliada para adolescentes de 9 a 13 anos, gradativamente, entre 2017 e 2020.
A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes, incluídos os 348,6 mil meninos e meninas do Pará. “Pais e responsáveis devem ter com os adolescentes a mesma preocupação que têm com as crianças”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues. Atualmente, essa vacina é ofertada no SUS para crianças, aos três, cinco e 12 meses. A meningite é uma doença considerada endêmica no Brasil, onde foram registrados 15,6 mil casos de diferentes tipos em 2015.
O esquema vacinal para os meninos contra HPV será de duas doses, com seis meses de intervalo. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é de 9 a 26 anos e o esquema vacinal é de três doses, com necessidade de prescrição médica. Atualmente, a vacina HPV para meninos é utilizada nos Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá. O Brasil assegura, assim, a vanguarda na América do Sul.
A vacina disponibilizada para os meninos será a quadrivalente, que já é oferecida desde 2014 pelo SUS para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal são atribuíveis à infecção pelo HPV.
Também a partir de 2017, serão incluídas na vacinação do HPV as meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses. A estimativa que 500 mil adolescentes estejam nessa situação. Atualmente, a faixa etária para o público feminino é de 9 a 13 anos.
Desde a incorporação da vacina no Calendário Nacional de Vacinação, em 2014, já foram imunizadas 5,7 milhões de meninas com a segunda dose, completando o esquema vacinal. Este quantitativo corresponde a 46% do total de brasileiras nesta faixa etária. O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

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