Implantação de portos em Santarém é discutida em seminário sobre logística portuária

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Representantes da sociedade civil e da classe empresarial solicitaram o encontro. O objetivo é debater quais os dilemas e perspectivas da construção de portos na região.

A implantação de portos em Santarém e outros municípios do oeste do Pará é discutida no seminário “Logística Portuária no Oeste do Pará”. O evento foi aberto nesta quinta-feira (3), no auditório do campus Tapajós, da Universidade federal do Oeste do Pará (Ufopa), e encerra na tarde desta sexta-feira (4) com mesas de debate e exposições.

O seminário que é aberto ao público estava sendo organizado há um mês. Uma das organizadoras, Danielle Wagner explica que o objetivo é debater quais são os lemas e perspectivas da construção de portos na região. “O encontro é fruto de uma demanda apresentada à universidade, tanto pela classe empresarial quanto por representantes da sociedade civil que se sentem impactados pelas construções de portos”.

Para a organizadora, a implantação de portos gera uma transformação no ambiente da cidade. “Dentro do município de Santarém, temos a região do Planalto que, com a expansão de soja, sofreu impactos por conta da implantação de um porto. A prerrogativa do seminário também é discutir quais são os cenários futuros a partir da logística portuária”, explicou Danielle.

A escolha dos palestrantes foi um processo negociado com as organizações que demandaram o evento, considerando interesses diversos.

A representante da Câmara de Dirigentes Logistas de Santarém (CDL), Maria da Conceição, defendeu em seu discurso que a construção de portos alavanca a economia local consideravelmente, desde que feita de forma correta. “O que vier para gerar emprego e renda é bem-vindo, contanto que respeite as normas. Sem investimento não há emprego, e sem emprego não há impostos, e consequentemente não se tem progresso no município”, frisou.

A representante da CDL enfatizou as questões de risco. “A prostituição, por exemplo, não é culpa da abertura de portos. O risco maior é a falta de políticas públicas e a falta de emprego. Isso sim, causa vulnerabilidade”.

Na plateia estava a moradora do bairro Liberdade, Raquel Pereira, que se interessou pelo evento justamente para ouvir as vantagens e desvantagens da implantação de portos, para assim tirar as suas próprias conclusões. “Ouço pessoas ali, pessoas aqui, e acabo ficando em cima do muro, sem ter uma opinião sobre o assunto, apesar de ser de extrema importância para todos. Vim para o seminário justamente para ouvir as propostas oficiais, os prós e contras, e no final ter um ponto de vista concreto”, finalizou Raquel.

As discussões foram divididas em blocos, com formação de mesas. No primeiro dia, questões como estratégia de desenvolvimento e a experiância da implantação de portos em Santarém foram abordados. Já neste segundo dia, o assunto é o convívio da cidade com os portos.

Participam das discussões representantes órgãos públicos, Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica, Federação das Associações de Moradores, Organizadores Comunitárias de Santarém, Sindicato Rural de Santarém, entre outros.

Fonte: G1 Santarém.
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