Incidência de raios é risco real à vida no estado do Pará

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São 7 milhões dessas descargas ao ano. Em 15 anos houve 121 mortes

O Pará é o segundo Estado brasileiro com a maior incidência de raios. Estima-se que, por ano, caem no território paraense mais de sete milhões de raios, atrás somente do Amazonas, cuja média é de 11 milhões.

Não por acaso, o Estado desponta como um dos primeiros em óbitos por descargas elétricas, com o registro de 121 mortes nos últimos 15 anos, sendo oito delas desde o ano passado. Apenas São Paulo (163), Minas Gerais (129) e Rio Grande do Sul (127) tiveram mais registros de mortes desde 2000.

Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que divulgou, na última semana, a pesquisa “Previsão de raios para o verão de 2015-2016”, sujeito a um evento El Niño muito forte – o atual deve ser o terceiro mais forte desde 1950 depois dos eventos de 1983 e 1998.

É previsto um aumento na ocorrência de tempestades, em relação ao último verão, de 20% nas regiões Sul e Sudeste e de 10% na região Centro-Oeste. Já nas regiões Norte e Nordeste são previstos diminuição na ocorrência de tempestades da ordem de 10% e 15%, respectivamente, em relação ao último verão – de 21 de dezembro a 20 de março de 2016, durante o período mais chuvoso na Amazônia.

“Ao cruzarmos estes percentuais de previsão com a densidade populacional, somos levados a pensar que o número de mortes por raios no próximo verão pode aumentar se não alertarmos adequadamente a população sobre os efeitos do El Niño”, disse o coordenador do ELAT, Dr. Osmar Pinto Junior. Mesmo com a estimativa de redução de descargas atmosféricas nos próximos quatro meses, o Pará desponta como um Estado que merece atenção específica. Das oito últimas mortes registradas, metade delas foi nesse período, contrariando a tendência de óbitos por raios no Estado nos períodos no quais a presença do sol é mais acentuada na região.

Dados do Elat apontam três homens mortos por raios durante os meses de sol mais intenso em 2014 e outro durante o mesmo período deste ano. Os casos do ano passado foram em Abaetetuba, Óbidos e São Félix do Xingu, enquanto o de 2015 foi em Soure, no Marajó. A pesquisa ainda aponta a morte em Curuçá de uma mulher de 45 anos, em 2014; de um homem de 27 anos, em Santarém, de um rapaz de 16 anos, em Ananindeua, no ano passado; e o caso mais recente, de um jovem de 23 anos, que foi atingido por uma descarga elétrica, no último mês de maio, dentro de uma igreja, em Ananindeua.

Ainda conforme o Grupo de Eletricidade Atmosférica, a densidade de raios por km² ao ano, isto é, a área de todo o Pará dividido pela quantidade de raios que caem ao ano é de 5,92 raios por km²/ano – 13º no cenário nacional. Igarapé-Miri desponta como o município paraense com a maior densidade de descargas, equivalente a 13,91 raios por km²/ano. Na sequência aparecem Barcarena (13,59), Belém (13,43), Benevides (13,38), Limoeiro do Ajuru (13,38), Ourilândia do Norte (13,34), Tucumã (13,33), Cametá (12,77), Ananindeua (12,66) e Marituba (12,44).

AQUECIMENTO

O Dr. Osmar Pinto Junior chama a atenção para o aumento da incidência do número de raios nos Estados nortistas nos últimos anos, em razão da região ser a que mais está esquentando, devido ao aquecimento global (cerca de 7 ºC até o fim do século). Ele explica ainda que o padrão de ventos e a alta temperatura da região influi diretamente na formação de tempestades. Para exemplificar, o Pará foi o terceiro Estado da região Norte com maior incidência de raios no primeiro semestre deste ano: 587.741, totalizando 25% do total da região. Em 2015, caíram 10.257 raios a mais no Estado que no ano passado (577.484).

Em setembro, o Inpe lançou um sistema de previsão de raios que pretende informar onde eles irão cair no dia seguinte. Osmar Pinto conta que o sistema deve entrar em operação em janeiro de 2016 e a ideia é firmar parceria com as emissoras de televisão para que, assim como a previsão do tempo, seja divulgado o serviço de previsão de raios. O coordenador do Elat alerta ainda que, apesar da tendência de aumento de raios no Norte, de forma pontual neste verão, por causa do fenômeno El Niño, a região Sul será muito atingida. “No inverno, já tivemos 500% mais raios se comparado a 2014. No Sudeste o aumento foi 100%”, diz Osmar.

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) chama a atenção para uma mudança no perfil das vítimas de raios. Até 2009, 40% das vítimas tinham até 24 anos. Já nos últimos quinze anos, o número de vítimas dessa faixa etária passou para 68%. O estudo também chama a atenção para um outro dado. Apesar da residência ainda ser o local mais seguro para se abrigar durante os fortes temporais, as mortes dentro de casa saltaram de 12% no primeiro levantamento para 19% nos últimos quinze anos. Ambos as constatações podem ser ilustradas pelo episódio ocorrido em Ananindeua, que vitimou o jovem cantor, de 23 anos, dentro da igreja.

“Os números preocupam e mostram que precisamos evoluir em sistemas de proteção dentro de casa, pois ainda há riscos. É necessário que as pessoas evitem ficar próximo de objetos ligados à rede elétrica ou rede telefônica durante as tempestades”, disse o coordenador do Elat. Ele ainda orienta as pessoas a evitarem banhos no chuveiro elétrico, falar ao telefone com fio e ficar próximo a eletrodomésticos e grande objetos metálicos, durante tempestades. Falar ao celular não é perigoso, desde que ele não esteja conectado ao carregador.

Além das citadas, as principais circunstâncias de mortes por raios são no transporte, embaixo de árvores, em campo de futebol e na praia. O pesquisador ainda ressalta que as orientações sobre como se proteger de raios chegam mais fácil à população adulta do que aos jovens e crianças. “Ou o jovem não recebe ou negligencia a informação, o que sugere que devemos fazer ações voltadas para esse público. Uma sugestão é que os livros didáticos tragam informações para que as crianças percebam o perigo dos raios e ao longo das próximas gerações tenhamos crianças mais protegidas”, afirma.
Por: O Liberal

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Foto: Arquivo (O Liberal)
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