Incidência de raios e trovões será comum até o mês de março

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Confira algumas dicas de segurança para se prevenir de descargas ocasionadas por raios.(Foto:Reprodução/Internet)
A forte chuva que caiu na última terça-feira (22), em Belém, assustou muitos moradores em vários pontos da cidade, devido a grande incidência de raios e trovões. Essas ocorrências, de acordo com especialistas, são motivadas por fenômenos meteorológicos aliados ao atual período de transição de estação para o verão, quando ocorrem mais chuvas. Esse período vai até dezembro, mas na capital, o mês de maior incidência de chuva é março. Até lá, cenas como a da semana passada podem ser comuns.

Neste ano, no Brasil, de um modo geral, o período que antecede a chegada do verão tende a ser muito mais chuvoso do que nos anos anteriores. Isso acontece por conta do fenômeno La Niña, que é o oposto do El Niño, ou seja, causa o resfriamento das águas do oceano pacífico. “A gente tem outros mecanismos que também já estão se antecipando, já estão atuando na região, e por isso há esse aumento da incidência de chuva. Daqui pra frente vai dar uma diminuída, mas vai chover quase todo dia”, explica a chefe do Laboratório de Ensino e Pesquisa de Meteorologia Sinótica da Universidade Federal do Pará (UFPA), Maria Isabel Vittorino.

Durante a chuva que caiu em Belém na terça, de aproximadamente 50 milímetros, a incidência de raios e trovões foi alta, devido, também, ao aumento da umidade da atmosfera. Essa condição, que iniciou-se no começo de outubro, vem aumentando o vapor d’água na região. “A incidência da radiação solar com o vapor d’água promove um gradiente vertical de cargas positiva e negativa, é onde você tem as explosões dos raios, em função dessa variação na atmosfera”, afirma a pesquisadora. “Aí acontecem as descargas”.

Somado a essas condições específicas, há também a ocorrência de outro fenômeno meteorológico: a Oscilação Madden Julian (OMJ), uma variação climática de escala planetária que gera chuvas acima do normal nas regiões por onde passa. “A natureza tende a equilibrar as forças, as energias. Quando há o encontro de duas características físicas distintas, como áreas muito quentes com áreas muito frias, ela tenta homogeneizar a característica daquela região. Isso gera alguns efeitos, e um deles é a incidência de raios”, destaca a professora.

Inverno?

De acordo com Maria Isabel, mesmo que no Pará os efeitos aparentes das estações climáticas não sejam sentidos, como a queda de temperatura no inverno, por exemplo, as estações são as mesmas que no resto do país. “Expressões usadas popularmente, como ‘inverno amazônico’ e ‘verão amazônico’ estão equivocadas”, afirma. “Inverno tem a ver com queda de temperatura, não com chuva. Verão tem a ver com aumento da chuva. Não é céu claro, sem chover, como se chama aqui”.

Essas expressões se popularizaram justamente pelo fato destes efeitos climáticos que acompanham as estações não serem sentidos na maior parte da região amazônica, principalmente na região de Belém, que está muito próxima à linha do equador. “Ao passo que você vai descendo e olhando para o sul do Brasil, para a região central, Mato Grosso, Minas Gerais, esses efeitos aparentes vão sendo maiores, e a incidência dos raios vão sendo diferentes”, destaca Maria Isabel.

Confira algumas dicas de segurança para se prevenir de descargas ocasionadas por raios:

»Não falar ao telefone;

»Não utilizar aparelhos eletrônicos, como celular, tablet, computador, ferro de passar roupa, chapinha, secador de cabelo etc;

»Não tomar banho a céu aberto, principalmente em piscinas, lagos, rios e praias;

»Não se abrigar debaixo de árvores;

»Evitar terrenos altos e morros;

»Evitar contato com objetos metálicos, como tesoura, talheres e torneiras;

»Manter distância de cabos e fiações elétricas;

»Se estiver na estrada, permanecer dentro do carro, pois é o local mais seguro.

Por:João Paulo Jussara-ORM
27.10.19 13h39

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