Índia e Filipinas confirmam primeiros casos de coronavírus; ao menos 19 países têm casos da doença
Casos foram registrados nos quatro continentes; na quarta-feira (29) a Finlândia confirmou um caso da epidemia, é o terceiro país da Europa a registrar a infecção.
Mulheres vestindo máscaras no metrô de Manila, capital das Filipinas — Foto: Eloisa Lopez/Reuters
Autoridades de saúde da Índia e das Filipinas confirmaram nesta quinta-feira (30) seus primeiros casos de coronavírus. Com estes, sobe para 19 o número de países com casos confirmados da doença que, até o momento, matou 170 pessoas na China e infectou mais de 7 mil pessoas em todo o mundo.
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Estudante indiano e turista filipina
O Ministério da Saúde indiano informou que um paciente foi identificado com a doença no país. Segundo a pasta, ele é um estudante da Universidade de Wuhan e foi internado em um hospital do estado de Kerala, no sul do país, onde está isolado e é acompanhado pela equipe médica.
O caso filipino é o de uma mulher chinesa de 38 anos que chegou ao país em 21 de janeiro de um voo de Wuhan. Quatro dias depois ela deu entrada no hospital com tosse e febre alta. O ministro da Saúde, Francisco Duque, informou que a paciente está em isolamento e já não apresenta sintomas da doença.
Na quarta-feira (29), o governo finlandês confirmou que uma mulher de 32 anos, que viajava de Wuhan, foi infectada pelo coronavírus.
Além da China, outros 17 países nos quatro continentes já registraram casos confirmados de infecção por coronavírus. (Veja lista abaixo)
Ásia
China (+ Hong Kong, Macau, Taiwan)
Japão
Malásia
Singapura
Coreia do Sul
Tailândia
Vietnã
Nepal
Camboja
Sri Lanka
Emirados Árabes
Índia
Filipinas
Casos em todas as províncias chinesas
O número de mortos pelo novo coronavírus aumenta na China à medida que a doença avança por todas as regiões do país. Nesta quinta foi confirmado o primeiro caso no Tibete, até então a única região na China livre da doença.
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A maior parte dos novos casos e das mortes foi registrada na província de Hubei, cuja a capital é Wuhan. Só na cidade, a Comissão Nacional de Saúde detectou 356 novos casos e confirmou a morte de mais 25 vítimas da doença.
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Mulher usa máscara de proteção contra o coronavírus no saguão de entrada da estação de trem de Pequim em 24 de janeiro — Foto: Nicolas Asfouri/AFP
Mais de 9 milhões de pessoas ainda estão em Wuhan, cidade que é o epicentro do surto da doença e está isolada há uma semana pelas autoridades chinesas como medida para tentar conter a expansão do vírus para o restante do país.
No Japão, o Ministério da Saúde confirmou que três dos mais de 200 cidadãos retirados de Wuhan foram diagnosticados com o novo coronavírus. Com isso, chegam a 10 o número de casos confirmados em território japonês. Um 2º voo, trazendo mais japoneses da China, pousou em Tóquio nesta quinta.
Reunião da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai realizar uma nova reunião do seu comitê nesta quinta para analisar se será declarada situação de emergência global para o novo coronavírus, segundo o diretor-executivo do programa de emergências, Michael Ryan.
O diretor elogiou os esforços da China para conter o surto e disse que ainda há oportunidade de parar o vírus. “Temos que basear nossas ações em evidências imperfeitas para criar uma estratégia de bloqueio da doença com um impacto mínimo na sociedade e economia”, disse o diretor.
Mais casos que Sars
Apesar das medidas de prevenção e isolamento decretadas pelo governo chinês, os casos confirmados do novo coronavírus no país já superam os da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), ocorrida há quase 20 anos.
Embora apresente alto índice de transmissão, o novo coronavírus teve até o momento menor taxa de mortalidade do que a Sars. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia de 2003 matou 10% dos infectados, enquanto que as mortes do novo coronavírus atingiram 2% dos afetados.
Suspeitas no Brasil
O Brasil tem nove casos suspeitos de coronavírus em seis estados. As informações foram divulgadas na quarta-feira (29) em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, em Brasília. Os dados são referentes ao período de 18 a 29 de janeiro.
O ministério alterou o protocolo para definição de suspeita, depois que OMS elevou a avaliação de risco de “moderado” para “alto”. Antes, apenas casos de pessoas com os sintomas que viajaram para Wuhan eram considerados suspeitos. Agora, passam a ser considerados casos suspeitos o de qualquer pessoa com os sintomas e com histórico de viagem à China.
Por G1
30/01/2020 08h45
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