Investigado por supostas fraudes na compra de respiradores, ex-secretário de Saúde de Belém adia depoimento

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Investigado por supostas fraudes, secretário de Saúde exonerado em Belém diz que ‘não há improbidade’. — Foto: Reprodução / TV Liberal

Sérgio Amorim Figueiredo foi exonerado na terça (13), dias após operação Quimera da Polícia que cumpriu mandados de busca e apreensão, inclusive na casa dele onde R$10 mil foram apreendidos.

O ex-secretário de saúde de Belém, Sérgio Amorim Figueiredo, esteve nesta quinta (15) na Delegacia Geral de Polícia Civil para depor sobre a investigação de suposto envolvimento em fraudes na compra de dez respiradores pulmonares e equipamentos hospitalares feita pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), com recursos do Fundo Municipal de Saúde.

O depoimento estava previsto para o início da semana na Diretoria Estadual de Combate à Educação (Decor). No entanto, Amorim protocolou pedido de adiamento e a data para depor ainda não foi confirmada.

Sérgio Amorim foi afastado do cargo, após a Operação Quimera, deflagrada na última sexta (9) para cumprir 12 mandados de busca e apreensão. A exoneração foi publicada no Diário Oficial de Belém na terça (13).

No dia da operação, os policiais apreenderam documentos, mídias, aparelhos celulares em endereços ligados à Sesma e à Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão (Segep), além de empresas e casas de investigados. A operação apreendeu R$10 mil na casa do ex-secretário Amorim.

As investigações continuam e o inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído. O material apreendido passa por perícia e análise pela Polícia Civil, com apoio do Centro de Perícias Renato Chaves. O rombo aos cofres públicos com relação às supostas fraudes podem passar de R$750 mil, segundo a Polícia.

‘Não tem improbidade’, diz ex-secretário

À imprensa, o Sérgio Amorim disse, ao sair da Delegacia Geral, que os respiradores e equipamentos foram comprados em janeiro, antes da pandemia de Covid-19, e seriam para o Pronto Socorro Municipal do Guamá e Unidade de Pronto Atendimento da Marambaia.

“Não tem ação de improbidade, então o que me causa estranheza é o Governo do Estado comprar respiradores da mesma empresa por R$99 mil, com dispensa de licitação, e acusar a prefeitura, no caso eu, de ter comprado a R$65 mil”, afirmou.

Investigações

De acordo com o delegado geral Walter Resende, as investigações começaram em julho até a autorização feita no dia 7 de outubro pela juiz Hetder Tavares da Silva Ferreira, da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares da Comarca de Belém.

“Coletamos elementos que pudessem nos conduzir até o Poder Judiciário que nos possibilitasse esses 12 mandados de busca e apreensão, com objetivo de buscar elementos, provas das transições feitas envolvendo a compra desses respiradores. Todos os mandados foram cumpridos, conforme ordem judicial, e todo o material será periciado até que seja possível tomar outras diligências para poder esclarecer essas compras”.

Delegado Resende comentou sobre a suposta participação da empresa e afirmou que empresa teve crescimento muito rápido. “A empresa que forneceu esses respiradores para a prefeitura começou pequena. Na origem era uma lanchonete, cresceu, e hoje já pode dizer que é um conglomerado de empresas com 35 atividades econômicas, apta a participar de várias licitações”.

À época da operação Quimera (veja no vídeo acima), o delegado Resende também comentou sobre o suposto envolvimento do ex-secretário Amorim, afirmando que “como ordenador de despesas, ele deveria estar ciente e acompanhando a movimentação financeira do órgão”.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Sesma disse informa que, “desde o início da operação, está contribuindo com as investigações a fim de esclarecer os fatos” e que Sérgio Amorim foi exonerado a pedido e também segue colaborando com as autoridades.

A Sesma afirmou, ainda, que “todos os esclarecimentos e documentações sobre a compra dos respiradores foram apresentadas em junho ao Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas dos Municípios e Polícia Federal”.

Por Taymã Carneiro, TV Liberal, G1 PA — Belém

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