Já são pelo menos nove mortos dentro de prisões no Pará

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Casos se acumulam acendem alerta na segurança dentro das carceragens paraenses. Último caso ocorreu na tarde deste sábado (22).

Só neste ano, três pessoas morreram na carceragem da Central de Triagem da Cidade Nova, que fica ao lado da seccional (Foto:Agência Pará)

Desde janeiro deste ano, ao menos nove detentos já foram encontrados mortos dentro de prisões e centrais de triagem. Quase todos com sinais de enforcamento ou supostos suicídios. A Polícia Civil e a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) garantem que estão investigando todos os fatos.

Jorge Lima Carvalho, de 22 anos, foi o caso mais recente. Foi encontrado morto, numa cela da Central de Triagem da Cidade Nova (CTCN), na tarde deste sábado (23). A Susipe informou que o fato foi registrado às 14h, durante uma ronda dos agentes prisionais no bloco A da carceragem.

Os próprios presos relataram aos agentes prisionais que um dos detentos havia se enforcado na cela 2. A Susipe também informou que o Centro de Perícias Renato Chaves foi acionado para realizar a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal.

“As devidas providências para apurar as causas do morte já estão sendo tomadas”, informou o órgão, em nota. A Susipe só não confirmou se ele estava sozinho dentro da cela.
Outros casos registrados pelo Pará
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Entre os nove detentos mortos, três deles foram na CTCN. Além de Jorge Lima Carvalho, neste sábado, outros dois presos foram encontrados mortos lá, na última segunda-feira (18): Jeferson Luiz dos Santos Assunção e Charles Michel dos Santos Leão.

Ainda nesta semana, Valdinei Lopes Cardoso, custodiado no Centro de Recuperação Regional de Redenção (CRRR), foi encontrado morto em sua cela, nesta sexta-feira (22). Supostamente cometeu suicídio. Estava nacela B4. O preso dividia a espaço com outros 21 detentos.

O preso Valdecir Junior de Sousa Lima, que estava custodiado no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRALT), foi encontrado morto na tarde de terça-feira (19). Havia sinais de que foi assassinado por asfixia.

Na noite do dia 15 de março, outro preso que também morreu dentro da cela foi Hemerson Melo Ribeiro, apenado na Central de Triagem Masculina de Santarém (CTM). O corpo foi encontrado na cela E-17, do pavilhão 3.

Na manhã do dia 2 de fevereiro, a vítima foi Marco Antônio Rodrigues, encontrado morto na Central de Triagem de São Brás (CTSBras), em Belém. O corpo foi achado por agentes prisionais, na cela três, por volta das 6h. Ele dividia o espaço com outros 31 presos.

No dia 11 de fevereiro, Luiz Carlos Martins da Silva foi encontrado morto, no final da manhã, na Colônia Penal Agrícola do Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará. Na ocasião, um agente prisional disse ter encontrado o cadáver de Luiz por volta de 11h e com uma corda no pescoço no espaço chamado “Solário”, que fica entre o bloco 302 e 304 da unidade.

Na manhã de 16 de janeiro, numa das celas do Centro de Recuperação Agrícola Sílvio Hall de Moura, na comunidade Cucurunã, em Santarém, no oeste do Pará, foi encontrado um morto um detento cuja identidade a Susipe não informou. Seria apenas conhecido como Leandro. O apenado estava na cela 8 da ala A, no Pavilhão 1.
O que sabe de todos esses casos

Em geral, nas investigações iniciais feitas pela Polícia Civil, as vítimas apresentavam indícios de asfixia mecânica (enforcamento). Porém, as causas das mortes são confirmadas somente por necropsias realizada pelo Instituto Médico Legal. O Centro de Perícia Científica Renato Chaves é sempre acionado nesses casos para fazer a remoção e perícia do corpo.

Nesses casos, é comum que outros presos não comentem nada. No entanto, os agentes prisionais quase sempre são informados das mortes pelos próprios detentos. Cada morte gera um inquérito na Polícia Civil.

A cada morte, a Susipe garante que toma as providências legais. Entre essas medidas está a comunicação do fato à PC e investigações internas pela Corregedoria Geral Penitenciária.

Até 27 de fevereiro de 2019, havia no Pará 48 unidades prisionais e mais de 18 mil internos, dos quais cerca de 70% eram presos provisórios. Ou seja, ainda sem condenação judicial.

por:Redação Integrada de O Liberal
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