Jogou em todas: Aranha esfria vaias com defesas e ataca nos microfones
Goleiro do Santos tem boa atuação a ponto de ser elogiado por jogadores do Grêmio; depois, deixou a frieza no campo para ser incisivo sobre racismo nas entrevistas dapoxetine and cialis dapoxetine priligy order Priligy
As vaias que ecoaram na Arena durante o reencontro com a torcida gremista não foram suficientes para desestabilizar Aranha. Após ter sido vítima de injúrias raciais em 28 de agosto, pela Copa do Brasil, o goleiro santista optou por uma dupla tática ao voltar ao local onde fora ofendido. Na noite desta quinta-feira, em campo, não esboçou reação à torcida, que evitou as antigas ofensas, mas o vaiou. O desabafo viria apenas depois, com o término do confronto, com entrevistas de discurso forte.
Ao entrar no gramado, seus únicos gestos foram em direção ao céu, como se pedisse proteção divina. E as preces parecem ter sido ouvidas. Alheio ao clima hostil, fez defesas cirúrgicas e impediu o triunfo gremista. A ponto de ser elogiado por jogadores rivais após o duelo terminado em 0 a 0, pela 22ª rodada do Brasileirão. O GloboEsporte.com acompanhou os passos do atleta, numa partida que parecia valer muito mais do que os três pontos. E na qual Aranha era muito mais do que um mero camisa 1.
VAIAS DESDE AQUECIMENTO
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Desde seu desembarque em Porto Alegre, que ocorreu um dia antes do confronto, Aranha evitou a polêmica e demonstrou frieza em meio a tantas expectativas sobre o retorno à casa tricolor. A delegação evitou o saguão do Aeroporto Salgado Filho e deslocou-se de ônibus para o hotel, no final da tarde de quarta-feira. A chegada ao estádio foi igualmente discreta. Com fones de ouvido na cabeça, rumou direto para o vestiário, sem parar para conversar com os jornalistas que o aguardavam.
(Foto: Marcos Ribolli) baclofen drug is available in tablet, oral liquid and injection form. you can easily buy baclofen drug online quickly from online canadian pharmacy available on
No campo, porém, parecia impossível esquecer o dia em que foi chamado de “macaco”. Em cada canto da Arena, havia gremistas o vaiando. O aquecimento ocorreu longe do setor da arquibancada norte, de onde as ofensas foram proferidas há 22 dias. A cada vez que tocava na bola, ouvia gritos mais fortes. Descontentes com as consequências do episódio, que culminou com a eliminação do time na Copa do Brasil, os gremistas não o pouparam. “Aranha, viado”, entoaram ao longo da partida.
A resposta? Veio da pior forma possível para os tricolores. O goleiro teve atuação precisa. Logo aos 18 do primeiro tempo, quando estava posicionado na meta em que decorreu a polêmica, fez ótima defesa em chute de Lucas Coelho. O que se repetiu dois minutos depois, quando tocou a bola com a ponta dos dedos, e a deslocou para a trave. A opinião sobre a recepção dos tricolores foi conhecida já na saída do primeiro tempo.
– Para mim, sim, está tudo bem. Sempre procuro respeitar o adversário, a torcida adversária. É triste (o comportamento da torcida do Grêmio), eles (torcedores) parecem que concordam com tudo o que aconteceu (injúrias raciais). Tenho de fazer minha parte. Estou tranquilo, sou profissional. Mas que é triste, é triste – lamentou. – Se tiver que dar desculpas para esse povo, não dou desculpas, não.
GREMISTAS ELOGIAM FRIEZA
Na etapa complementar, comportamento inalterado. Sequer olhou para a torcida. Mas provocou ainda mais a ira dos tricolores ao cair e permanecer no chão em pelo menos dois momentos durante os 90 minutos. Fez, novamente, boas defesas. Aos dois minutos, evitou gol de Dudu, e aos seis defendeu arremate de Lucas Coelho. De sua meta, lamentava a cada vez em que o Santos tentava chegar, sem sucesso, ao gol tricolor.
O elenco gremista esperava alguma falha diante de toda a pressão. Mas o comportamento de Aranha surpreendeu quem estava dentro de campo. Lucas Coelho revelou que foi para a partida com a intenção de “testar” o arqueiro. E saiu espantado:
– Ele é um grande profissional. A torcida não intimida um cara com a experiência dele. Mas a gente procurou testar ele. Infelizmente a bola bateu na trave. Conversamos, que, de repente, com a pressão da torcida, pudesse ter alguma falha. Eu entrei com esse pensamento de testar, mas ele foi muito bem.
– Cheguei na hora que ele levou pancada e falei para ele que não precisava reclamar. É normal a torcida vaiar, xingar. Acho que dessa vez não teve racismo, graças a Deus não aconteceu isso – completou o zagueiro Rhodolfo, referindo-se ao momento em que Aranha chocou-se com Dudu e caiu no gramado.
ESQUENTOU O CLIMA AOS MICROFONES
Depois da partida, Aranha também não fugiu das perguntas de dezenas de jornalistas que aguardavam sua manifestação. Para o goleiro, a única atitude a ser lamentada diz respeito ao comportamento nas arquibancadas.
– Não tem perdão para eles. Muita gente morreu (por causa do racismo), muita gente sofreu. Tem gente que acha que está errada a punição. Fazer o quê? Paciência. Vim jogar futebol. Dei meu melhor. Esperava ser recebido de outra maneira. Acreditava que a maioria da torcida não tinha concordado com as atitudes.
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Aranha voltou a ser questionado sobre Patrícia Moreira, a torcedora flagrada gritando “macaco”. Negou que queira se envolver em polêmicas, mas apontou que discorda de algumas atitudes tomadas pela jovem após o episódio.
– Eu não quero polemizar. Eu quero esclarecer e resolver, como diz o parceiro Helio De La Peña (humorista). Tem de resolver e esquecer, não tem de existir a cor da pele. Muita gente achou que o racismo tinha sido resolvido aqui no Brasil, mas não foi, só foi jogado para baixo do tapete. Eu toparia numa boa me encontrar com ela, mas ela vai responder pelo o que ela fez. Mas eu não quero chabu. Uma coisa é perdoar, abraçar. Ela está indo nos programas de televisão se explicar, e cada vez piora a situação. A primeira coisa que faz é se explicar. Tentou chorar e não conseguiu. Uma coisa que não tem necessidade – disse o goleiro.
O 18 de setembro terminou como se desenhava, com Aranha como o centro das atenções. O goleiro se destacou pelo comportamento e pela qualidade técnica, que impediu os tricolores de transformarem seus protestos em gritos de gol.
Fonte: Globo Esporte.
Publicado por Folha do Progresso fone para contato Tel. 3528-1839 Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br
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