Justiça autoriza congelamento de jovem britânica que morreu de câncer

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A justiça britânica autorizou o congelamento do corpo de uma adolescente morta em outubro e reabriu um debate sobre os limites da medicina.5459617_x216

A menina perdeu a batalha contra o câncer e ganhou a dos tribunais. Em um país onde um menor não compra um antibiótico sem autorização, a Justiça quis ouvir os pais. A mãe concordou com o desejo da filha, de ser congelada. O pai, não.

O que desequilibrou a balança foi uma carta: “Só tenho 14 anos e não quero morrer, mas sei que vou. Eu não quero ser enterrada. Quero viver uma vida longa. Eu acho que no futuro podem achar a cura para o meu câncer e me acordarem. Quero ter essa chance. Esse é o meu desejo.”

A carta comoveu os tribunais. O juiz levou em conta que o pai não visitava a filha havia mais de oito anos, e acabou concordando com a decisão da mãe e da menina. O que ninguém esperava é que um dos últimos desejos dela fosse encontrar com o juiz. Um agradecimento que aconteceu há pouco mais de um mês.

Quando a menina foi declarada morta, uma máquina manteve funcionando coração e pulmões. O corpo foi imerso numa água quase congelada. O sangue, substituído por uma solução com medicações para estabilizar as células. Depois de duas etapas de resfriamento, o tanque com nitrogênio líquido deixou a temperatura corporal a 193 graus negativos.

Essa técnica, a criogenia, preserva tecidos, órgãos e o cérebro. O objetivo é que memórias e personalidade fiquem intactas. Catorze anos intensos eternamente congelados.

A cofundadora da empresa para onde o corpo foi levado nos Estados Unidos argumenta que a definição de vida muda com o tempo: pessoas que tiveram parada cardíaca já reviveram. Alguns cientistas dizem que é improvável que a menina possa ressuscitar um dia.

A criogenia tenta vencer a morte, mas não mata o luto de quem fica. Uma médica acha que a mãe pode ter problemas para seguir em frente, já que o corpo da filha continua preservado.

As duas sonhavam que, depois de um longo inverno, a menina pudesse viver o seu verão.
G1
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