Justiça do Rio condena ex-presidente da Eletronuclear a 43 anos de prisão

RIO – O ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi condenado na noite desta quarta-feira a 43 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisão e organização criminosa durante as obras da usina nuclear de Angra 3. Outras 12 pessoas envolvidas também foram condenadas. Réu na ação penal que investiga crimes na construção da central nuclear, Othon foi condenado pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas.
O ex-presidente da Eletronuclear vai cumprir pena por corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço às investigações, evasão de divisas e organização criminosa. Segundo as investigações, Othon, que também é vice-almirante da Marinha, cobrou propina em contratos com as empreiteiras Engevix e Andrade Gutierrez. O caso é desdobramento da Operação Lava-Jato. Ao todo, são 15 réus na ação.
Em abril, em depoimento, o ex-presidente admitiu que usou contratos de fachada feitos com empresas de amigos para receber dinheiro da construtora Andrade Gutierrez, mas negou que fosse propina.
O ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, também foi condenado, mas teve redução na pena por causa do acordo de delação premiada. Com isso, vai cumprir 7 anos e 4 meses de detenção. José Antunes Sobrinho, um dos sócios da Engevix, pegou 21 anos e 10 meses de cadeia.
A filha de Othon, Ana Cristina da Silva Toniolo, foi condenada a 14 anos e 10 meses de prisão. O ex-presidente da Eletronuclear estava em prisão domiciliar, quando foi novamente preso no início de julho, alvo da “Operação Pripyat”, estreia da força-tarefa da Lava-Jato no Rio que apura desvios de recursos nas obras da usina de Angra 3. A prisão de Othon foi pedida porque, mesmo em prisão domiciliar, o MPF alegou que ele continuava tendo influência na Eletronuclear. Othon foi aterioremente preso durante a 16ª fase da Operação Lava-Jato, em julho do ano passado.

O GLOBO

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