Maduro acusa Bolsonaro de integrar ‘complô’ dos EUA para assassiná-lo

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O presidente venezuelano Nicolás Maduro à imprensa: Brasil fará ‘provocações militares na fronteira’ e Colômbia fornecerá mercenários treinados – 12/12/2018 (Federico Parra/AFP)
Ditador venezuelano atribui ao vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, papel destacado e o chama de ‘presidente paralelo’ e de ‘louco’
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta quarta-feira, 12, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, de tomar parte do plano dos Estados Unidos para assassiná-lo e instaurar uma ditadura em seu país. O conselheiro de segurança Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, seria o arquiteto desse suposto golpe, que receberia também a ajuda do governo da Colômbia. Bolsonaro já teria incumbências a cumprir, insistiu o venezuelano

“Hoje venho outra vez denunciar o complô preparado na Casa Branca para violentar a democracia venezuelana, para me assassinar e para impor um governo ditatorial na Venezuela”, acusou Maduro em entrevista à imprensa em Caracas.

Maduro disse que os “conspiradores” escolheram Bolton, um dos principais assessores do presidente americano, Donald Trump, como “chefe do complô”. Em sua versão, o plano teria como objetivo promover um intervenção militar estrangeira na Venezuela, um golpe de Estado, assassiná-lo e impor um conselho de governo transitório no país.

Bolton teria atribuído ao presidente eleito Jair Bolsonaro algumas missões que fariam parte deste plano durante a visita ao Rio de Janeiro, em 29 novembro, oficialmente para um primeiro contato de alto nível entre a Casa Branca e o futuro governo brasileiro. A Bolsonaro caberia, conforme Maduro, iniciar “provocações militares” na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

“As forças militares do Brasil querem paz. Ninguém no Brasil quer que o futuro governo de Jair Bolsonaro se meta em uma aventura militar contra o povo da Venezuela”, declarou Maduro durante coletiva de imprensa com correspondentes estrangeiros em Caracas.

O ditador venezuelano fustigou especialmente o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito do Brasil, a quem considera o executor do plano. Para ele, o militar “fala todos os dias como um presidente paralelo no Brasil”.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro à imprensa: Brasil fará 'provocações militares na fronteira' e Colômbia fornecerá mercenários treinados - 12/12/2018 (Federico Parra/AFP)
O presidente venezuelano Nicolás Maduro à imprensa: Brasil fará ‘provocações militares na fronteira’ e Colômbia fornecerá mercenários treinados – 12/12/2018 (Federico Parra/AFP)

“Todos os dias, ele fixa a pauta do que vai ser a política desse governo. Todos os dias, diz que vai invadir a Venezuela, que o Brasil vai utilizar suas forças militares”, afirmou Maduro, referindo-se ao vice-presidente eleito. “É louco”, disse o líder chavista sobre Mourão.

Maduro ainda afirmou que o plano de Bolton para assassiná-lo já está em desenvolvimento e, por isso, várias forças mercenárias e paramilitares estão sendo treinadas na Colômbia.

“O governo de Iván Duque não quer relações diplomáticas, políticas ou de comunicação com o governo legítimo da Venezuela. Ele é cúmplice do plano de Bolton para trazer a violência ao nosso país. Nossas Forças Armadas têm de estar preparadas”, denunciou.

Segundo o líder chavista, o suposto grupo paramilitar G8 estaria em treinamento  na província colombiana de Norte de Santander com essa finalidade.

“Estão treinando 734 mercenários, entre colombianos e venezuelanos para, em qualquer momento, realizarem ataques a unidades militares na fronteira e iniciar uma escalada de violência para confundir a opinião pública e justificar qualquer outra ação militar contra a Venezuela”.

Maduro também disse que o governo venezuelano obteve informações sobre forças especiais dos Estados Unidos em treinamento na Base Aérea de Eglin para uma “missão cirúrgica” contra a Venezuela. O objetivo desse grupo, em sua argumentação, seria tomar duas aéreas e uma naval da Venezuela.

Em 10 de janeiro, o ditador iniciará seu segundo mandato de seis anos, resultado de eleições nas quais a oposição não teve participação efetiva e sobre a qual países da região e organismos internacionais não reconheceram.

Fonte:Veja (Com EFE e AFP)

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