Mais de 3 milhões ainda não tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19 no Pará

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(Foto:Reprodução) – Na capital paraense, onde há o registro de 202 mil faltosos, o agendamento pode ser feito por email. Confira.

Da população de 18 anos a mais e grupos prioritários, há mais de três milhões de paraenses que ainda não receberam a primeira dose contra a covid-19. Segundo a informação da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), ao todo são 3.070.891 sem nenhuma dose do imunizante.

E, até a manhã da última segunda-feira (16), ainda segundo a Sespa, o Pará tinha 318.710 pessoas consideradas faltosas para tomar a segunda dose do imunizante para a covid-19. Deste total, 87.534 não tomaram a CoronaVac, 192.585 são faltosos para a Astrazeneca e 38.591 para a Pfizer.

A médica infectologista Tânia Chaves, representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no Pará, comentou de que maneira essa abstenção impacta na cobertura vacinal paraense e quais os riscos disso. “Sem dúvida, com a circulação do coronavírus (SARS-CoV-2) da variante da Delta, o risco que temos é uma terceira onda, que acometerá aqueles ainda susceptíveis à covid-19, especialmente pela maior transmissibilidade desta variante Delta”, disse. “Isto pode sim impactar na sobrecarga dos serviços de saúde, e em todos os desdobramentos já vividos e reconhecidos por todos nós: formas, complicadas, com necessidade de terapia intensiva, e a temível saturação do sistema de saúde”, afirmou.

Ela também disse o que representa, em uma população de pouco mais de 8 milhões de habitantes, esse número alto de pessoas que ainda não foram imunizadas. “Significa que um número importante de pessoas ainda estarão vulneráveis à infeção pelo coronavírus e que uma parte necessitará de assistência hospitalar de alta complexidade”, destacou.

A médica infectologista Tânia Chaves falou da importância da pessoa tomar as duas doses da vacina. “Os estudos mostraram que, para o esquema vacinal produzir estímulo ao sistema imune para a covid-19, são necessárias duas doses da vacina. Uma única dose da vacina não produzirá as células defesa (anticorpos) de forma robusta e eficaz para proteger o indivíduo das dias graves da doença”, explicou.

Quem perdeu a data da vacinação deve ficar atento à repescagem, afirma Edmilson Rodrigues

Ela afirmou que outras vacinas têm esquemas com duas doses e até mais doses. “Quando o esquema não está completo, o indivíduo não terá defesa consolidada do sistema imune. Por esta razão, estejamos todos atentos ao retorno para a segunda dose da vacina”, afirmou. A médica reforçou que a falta da segunda dose da vacina contra covid-19, ou por logística ou por esquecimento, ou por qualquer outro motivo, é grave.

“Precisamos que toda a população esteja devidamente vacinada. Só desta forma reduziremos a circulação do SARS-CoV-2”, afirmou. E também disse que as pessoas devem continuar usando máscaras, evitar aglomerações, fazer a higienização das mãos, além de outras medidas fundamentais para controlar a transmissão do coronavírus.  “Estejamos atentos e fortes com a vacinação para a covid. Assim, estaremos no rumo para o controle da pandemia”, afirmou.
Capital paraense

Em Belém, 202 mil pessoas, entre 18 e 59 anos, não foram vacinadas por não comparecerem ao ponto de vacinação na data prevista. Quem, por alguma razão, perdeu a data de vacinação, pode solicitar um novo agendamento na repescagem da Sesma (Secretaria Municipal de Saúde) pelo email: vacinabelem@sesma.pmb.pa.gov.br.

O acompanhamento da solicitação pode ser feito pelo belemvacinada.com.br, canal também utilizado para tirar dúvidas, realizar o cadastramento para voluntários que desejam trabalhar na campanha e cadastramento de acamados que precisam ser vacinados em casa. Pessoas que tomaram a primeira dose em outro município podem solicitar também no site a aplicação da segunda dose em Belém, após apresentação de justificativa.

A diarista Marisandra Reis, de 39 anos, disse que não tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19 por ter sido avisada em cima da hora. “Eu estava trabalhando no dia e não deu tempo de chegar em casa, pegar o documento e tomar a vacina”, contou ela, que deveria ter sido imunizada em junho. “Fiquei preocupada por não ter tomado a primeira dose”, afirmou.

Marisandra acrescentou que, por enquanto, não há previsão para receber a primeira dose do imunizante. Ela disse que, “graças a Deus”, não teve covid. E afirmou que pega ônibus lotado todo dia, mas que, para se proteger do vírus, usa máscara e álcool em gel e evita aglomeração. Marisandra mora no Distrito Industrial de Ananindeua e trabalha em Belém
Grande Belém

A reportagem também perguntou às demais prefeituras sobre o quantitativo de faltosos. A Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (Sesau) informou que a continuidade da vacinação depende da disponibilidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde. A divulgação do calendário vacinal de primeira e segunda dose, com o chamamento do público alvo, é realizada nas redes sociais oficiais da Prefeitura e sempre ocorre à medida que novas doses chegam no município.

Ananindeua é o segundo município mais populoso do estado e tem uma população estimada de 535.547 mil pessoas e já vacinou mais de 50% de sua população com a primeira dose da vacina anti-covid. De janeiro até o momento, 350.404 mil doses já foram aplicadas na população, sendo 270.494 mil pessoas já tomaram a primeira dose (D1) e 79.910 mil completaram o esquema vacinal, recebendo também a segunda dose (D2) do imunizante.

A Prefeitura de Santa Izabel informou que ainda não há um número aproximado de quantas pessoas deixaram de tomar a primeira ou a segunda dose. Mas afirmou que a vacinação contra a covid no município avança para as idades de 18 a 24 anos nos próximos dias. E que, mesmo assim, ainda irá realizar a aplicação de primeiras doses em faltosos e pessoas que perderam o prazo relativo à sua idade, desde que apresentem comprovação de que residem no município.

A aplicação das segundas doses é feita simultaneamente junto com as primeiras doses. Somente na semana passada, quando houve uma necessidade maior de avançar para novos grupos de vacinação, houve a suspensão da aplicação de segundas doses. Nesta terça e quarta-feira, a programação de vacinação será exclusivamente dedicada a esse público e só retornará na semana que vem. As principais ferramentas de divulgação das campanhas de vacinação são a internet, através das mídias sociais e aplicativos de mensagem, a rádio e a rede de saúde.  A reportagem também procurou as prefeituras de Marituba e Santa Bárbara, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Por:Dilson Pimentel / O Liberal

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