Mandante da morte da missionária Dorothy Stang é liberado do hospital após tratar ferimento na perna

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Fazendeiro Regivaldo Galvão deixando o presídio de Altamira — Foto: Glaydson Castro/TV Liberal

O preso foi encaminhado para o Centro de Recuperação Regional de Altamira, onde cumpre pena desde junho deste ano.

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, foi liberado do hospital em Altamira, onde ficou 19 dias cuidado de um ferimento na perna. Segundo a Superitendência do Sistema Penitenciário (Susipe), o preso foi encaminhado para o Centro de Recuperação Regional de Altamira, onde cumpre pena.

Regivaldo foi encaminhado para o hospital na última terça-feira (11). De acordo com a Susipe, o preso apresentou febre e avanços no quadro de infecção. Não há informações sobre como o condenado adquiriu a ferida.

Reginaldo e a Justiça

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O fazendeiro Regivaldo Galvão foi preso no dia 16 de abril de 2019. Ele foi condenado a 30 anos de reclusão em 30 de abril de 2010, como mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang. No dia 22/08/2012, por meio de um habeas corpus concedido pela desembargadora Eliana Rita Daher Abufaiad, da Câmara Criminal Isolada da Capital, Regivaldo havia sido solto para responder o processo em liberdade.

Em 21/06/2017, o habeas corpus que o mantinha solto foi negado pelo Supremo Tribunal Federal que revogou o seu direito de aguardar a tramitação do recurso em liberdade. A condenação foi mantida em segunda instância, e a pena chegou a ser reduzida para 25 anos pelo Superior Tribunal de Justiça, que autorizou a prisão em 2017.

O acusado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ganhou uma liminar para ficar em liberdade, em maio de 2018. Uma decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão do fazendeiro, derrubando a liminar no último mês de fevereiro.

O crime

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Dorothy Stang foi morta em 2005 no Pará — Foto: Reprodução/TV Globo

A missionária americana da ordem de Notre Dame Dorothy Mae Stang foi morta aos 73 anos em Anapu, sudoeste do Pará, em 12 de fevereiro de 2005. Ela trabalhava junto a comunidades no município em projetos de desenvolvimento sustentável, o chamado PDS Esperança.

Segundo o Ministério Público, a morte da missionária foi encomendada pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos e Regivaldo Galvão. Amair Feijoli da Cunha, que teria recebido dinheiro de Viltamiro para executar a missionária, foi condenado a 18 anos de prisão como intermediário do crime.

Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de prisão por ser assassino confesso de Dorothy Stang, deixou o regime fechado para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar em julho de 2013. Clodoaldo Carlos Batista, acusado de ser comparsa de Rayfran, foi condenado a 17 anos de prisão e deixou a Casa do Albergado, localizada em Belém, em fevereiro de 2011. Ele permanece foragido.

O crime ganhou repercussão internacional, chamando a atenção de entidades ligadas aos direitos humanos e a reforma agrária.

Por:G1 PA — Belém

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