Mauro Cid diz em conversas preferir Lula a Michelle para presidente em 2026

Foto: Reprodução | Conversas no celular de Cid mostram, pela primeira vez, detalhes dos atritos entre os dois.

Apesar da relação de confiança construída como ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid manteve um convívio tenso com a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Conversas no celular de Cid mostram, pela primeira vez, detalhes dos atritos entre os dois. O UOL teve acesso ao celular de Cid. São mais de 20 mil arquivos e, apenas no WhatsApp, 158 mil mensagens. Uma parte do material se tornou pública após a conclusão das investigações da PF, mas o restante do conteúdo ainda estava sob sigilo.

O tenente-coronel dispara críticas e ironias sobre Michelle em conversas com diversos interlocutores. O coronel Marcelo Câmara, que já trabalhava no Palácio do Planalto, foi o assessor designado para acompanhar Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022.

Ele mantinha contato diário com Cid para resolver demandas do ex-presidente e, nessas conversas, ambos citam —em tom de ironia— questões envolvendo Michelle.

Em 28 de dezembro daquele ano, Cid compartilha com Câmara um print da conversa dele com a primeira-dama, na qual ela o acusa de vazar informações contra ela para uma reportagem. Na mensagem, Michelle diz ao tenente-coronel: “Agiu rápido né”. Cid não respondeu ao comentário.

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A conversa mostra que a desconfiança e indisposição entre os dois eram recíprocas: Michelle indica que Cid abasteceu a imprensa com críticas ácidas contra ela.

Em 11 de janeiro de 2023, durante a estadia nos EUA, Câmara diz que precisou sair com a ex-primeira-dama (citada pela sigla PD) e se refere a ela como a “amiga” de Cid, provocando risos.
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‘Prefiro o Lula’, diz Cid

As críticas mais ácidas de Cid a Michelle são feitas em diálogos com o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro Fabio Wajngarten.

Os dois conversaram longamente sobre as investigações que atingiam Bolsonaro e sobre o cenário político no Brasil. Em geral, Wajngarten encaminhava notícias da imprensa para Cid sobre o cenário político ou pedia informações para responder a questionamentos de jornalistas. Também debateu estratégias para defesa no caso das joias.

Em 27 de janeiro de 2023, Wajngarten envia a Cid uma notícia de que o PL estudava a possibilidade de lançar Michelle como candidata presidencial no lugar de Bolsonaro, caso ele se tornasse inelegível, o que veio a ocorrer em 30 de junho de 2023, após julgamento no Tribunal Superior Eleitoral.

O tenente-coronel responde imediatamente: “Prefiro o Lula”. Procurado para comentar as conversas, Wajngarten afirmou que fazia uma análise sobre as notícias que saíam na imprensa. Disse ainda que, naquela época dos diálogos, “jamais se imaginou a ex-primeira-dama como candidata”. “Os diálogos ocorridos nada mais eram do que análise de notícias que saíam na imprensa”, afirmou.

A defesa de Cid não quis se manifestar porque não teve acesso aos diálogos. A assessoria de imprensa de Michelle não respondeu aos contatos. Dias depois, Wajngarten encaminha a Cid duas mensagens, sem identificar a origem, com críticas ao PL pelo salário que seria pago a Michelle Bolsonaro.

Cid responde com um áudio: “Cara, se dona Michelle tentar entrar pra política, num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela. E Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] fala demais também, aquele negócio dos documentos, dos papéis, tá todo enrolado agora”.

Cid não dá detalhes sobre o que ele definiu como “muita coisa suja”.

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Dias depois, Wajngarten compartilha uma nova reportagem sobre uma possível candidatura de Michelle, dessa vez ao Senado.

O ex-secretário de Comunicação diz a Cid que perguntou diretamente a Bolsonaro se ele tinha dado anuência para esse movimento político e alertou o ex-presidente de que a divulgação de informações desse tipo geraria notícias negativas sobre Michelle.

Segundo Wajngarten, Bolsonaro teria lhe telefonado para abordar o assunto, mas o ex-secretário não revela qual foi o teor da conversa.

Cid manifesta concordância e volta a dizer que a ex-primeira-dama teria informações comprometedoras em sua biografia que queimariam uma possível candidatura.

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Fonte: Fonte: Site da UOL e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/05/2025/07:38:01

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