Médicos pelo Brasil diminuirá vagas criadas pelo Mais Médicos no Pará

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Família de Portel, no Marajó: arquipélago é um dos mais carentes em reforço da saúde (Foto:Ary Souza)

Vagas no Estado cresce 55,2% em municípios prioritários, mas total terá queda

Será de 55,2% a ampliação no Estado do Pará do número de vagas para médicos disponibilizadas pelo governo federal em municípios considerados prioritários. De saída, os 364 postos do Programa Mais Médicos devem crescer para 565 no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil, lançado na última quinta-feira (1) pelo presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, no entanto, no total a mudança de programa implicará na redução de 852 para 733 vagas no Pará, isto é 119.

Ainda assim, para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Manoel Walber dos Santos Silva, em relação ao Programa Mais Médicos o Programa Médicos pelo Brasil conta com a vantagem de atuar com profissionais registrados nos conselhos regionais da categoria, segundo ele uma garantia para a população de uma assistência mais qualificada e ética.

“Para os médicos brasileiros e os que se submeteram ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) é um passo muito importante no sentido de maior respeito profissional, maior segurança trabalhista e maior possibilidade de fixação nos lugares mais distantes do Pará e do Brasil”, destacou o presidente do CRM no Pará.

Até o momento, ele considera que esse foi o mais importante passo dado pela categoria. “Demos um passo na direção de uma carreira de médico de estado, que teria como referência o tratamento dado à carreira dos integrantes do Ministério Público e do Judiciário”, avaliou.
O diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), Waldir Cardoso, também afirma que o programa é a antítese do Mais Médicos e que vem ao encontro do que o sindicato sempre defendeu. “Sabemos que todos os médicos que vão participar são médicos, porque terão que ter o CRM”, analisou.

Outra questão é que os médicos terão carreira federal, ou seja, “os médicos poderão ingressar nela e como toda carreira terão progressão, promoção, enfim”.

Cardoso frisa que a proposta traz elementos de qualificação, para que o médico se especialize em Medicina de Saúde da Família. Mais da metade dos médicos serão alocados no Norte e Nordeste, lembrou. “É nessas regiões que estão as localidades de mais difícil acesso”, acentuou. “Haverá gratificação diferenciada para aqueles que trabalharem em áreas indígenas, ribeirinhas e fluviais, então essa valorização para o médico é importante. Sempre defendemos isso”.
Regiões carentes terão preferência no atendimento

A nova configuração da distribuição de médicos com custeio do governo federal para suprir a demanda em regiões mais carentes deve permitir que as vagas previstas para provimento de médicos no Pará cheguem a 733. Pelo Programa Mais Médicos eram 852. À região Norte, ainda de acordo com o governo, serão 1.677 vagas para os municípios prioritários pelo Programa Médicos pelo Brasil, um acréscimo em relação ao Mais Médicos, que abria 1.125 vagas. No total, serão mais de 4 mil vagas prioritárias para as regiões Norte e Nordeste que, juntas, terão 55% do total de vagas do país.

“Cabe esclarecer que se trata de estimativa, uma vez que a distribuição de vagas leva em consideração a quantidade de Equipes de Saúde da Família existentes em cada município, além das condicionantes sociais de cada localidade, como recebimento de benefícios sociais”, esclareceu o Ministério da Saúde.

No Programa Médicos pelo Brasil o governo federal enfatiza que priorizará a participação de municípios em regiões carentes. A estimativa é que sejam disponibilizadas 18 mil vagas em todo o país, principalmente em municípios de difícil provimento, por serem longe dos centros urbanos, e em localidades vulneráveis.

Por:Cleide Magalhães

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