Menino de 8 anos pode ser morto após urinar em biblioteca

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Apesar de não haver sentença de morte por blasfêmia desde a década de 80, os acusados costumam morrer linchados pela população | Foto:Reprodução

Menino de 8 anos urinou em uma biblioteca de uma madraça, local onde ficam guardados livros religiosos

Você já imaginou uma criança enfrentar uma pena de morte por causa de uma ‘travessura’, ou algo do tipo? Foi o que aconteceu no Paquistão, local onde a religião também influencia na vida política e legislativa.

Um menino hindu de apenas 8 anos se tornou a pessoa mais jovem a ser acusado de blasfêmia em solo paquistanês. A sentença pode chegar até à pena de morte. Tudo isso porque o garoto urinou intencionalmente dentro da biblioteca de uma madraça, onde livros religiosos são guardados.

Houve reação por parte dos mulçumanos, após a libertação do menino acusado sob fiança, na semana passada. Eles queimaram um templo hindu de Punjab e membros da comunidade hindu também fugiram com medo de represálias.

Militares enviados ao local tentam ajudar a manter a paz.

No sábado, 20 pessoas foram presas em conexão com o ataque ao templo.

Um membro da família do garoto falou ao jornal The Guardian: “Ele [o menino] está ciente de tais questões de blasfêmia e tem sido indulgente com esses assuntos. Ele ainda não entende qual foi seu crime e por que foi preso por uma semana”.

“Deixamos nossas oficinas e trabalho, toda a comunidade está assustada e temos medo de reações. Não queremos voltar a esta área”, diz o familiar do menino.

A acusação de blasfêmia contra a criança chocou peritos jurídicos do mundo todo. A sentença pode levar à pena de morte, apesar de ninguém ter sido executado por esse crime desde 1986. Porém, frequentemente, os acusados são atacados e às vezes mortos por linchamento.

Ramesh Kumar, legislador e chefe do Conselho Hindu do Paquistão, disse: “O ataque ao templo e as acusações de blasfêmia contra o menor de oito anos realmente me chocaram. Mais de cem casas da comunidade hindu foram esvaziadas devido ao medo de ataques”.

Kapil Dev, ativista de direitos humanos, disse: “Exijo que as acusações contra o menino sejam retiradas imediatamente e exorto o governo a fornecer segurança para a família e aqueles que foram forçados a fugir”.

“Os ataques a templos hindus aumentaram nos últimos anos, mostrando um nível crescente de extremismo e fanatismo. Os recentes ataques parecem ser uma nova onda de perseguição aos hindus”, diz o ativista.

Com informações de The Guardian

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