Mil veículos são roubados por mês no Pará

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Em média, mil veículos são roubados em todo o Estado do Pará a cada mês, o que representa cerca de 33 veículos por dia, totalizando 12 mil ocorrências ao ano, segundo a Delegacia de Repressão de Roubos e de Furtos de Veículos Automotores (DRRFVA). A conta inclui veículos leves, pesados e motocicletas. A média de recuperação desses produtos roubados oscila entre 35% e 40%.

Thiago Dias, diretor da delegacia há um ano, diz que, aos finais de semana, feriados e épocas de mais movimento nas cidades é quando as ocorrências aumentam. “Os veículos mais roubados continuam sendo os populares e os modelos variam de acordo com a época. É bem sazonal”, diz. “Agora no início do ano os bandidos estavam visando mais as pequenas camionetes”, informa.

Na Região Metropolitana de Belém (RMB), as chamadas “áreas vermelhas”, onde são registrados mais roubos de veículos são Belém (bairros do Marco, Tapanã, Jurunas, Guamá, Terra Firme e Umarizal), e nos municípios de Ananindeua (Cidade Nova), Marituba e Benevides. “São procurados bairros de maior movimentação veicular e se aproveitam da fragilidade de pessoas idosas e mulheres, principalmente nas entradas e saídas das garagens das casas e estacionamentos” , afirma.

O diretor diz que o roubo de veículos continua em alta. “O roubo e furto de veículos aumentou não apenas aqui no Pará, mas no Brasil inteiro. É um crime em ascensão, infelizmente”. Os veículos roubados e furtados são utilizados de várias formas. Uma delas é para realizar outros assaltos. Em outra modalidade os sinais identificadores (chassis) são adulterados com os documentos e vendidos em sites de compra e venda de veículos.

ALERTA

“Isso se tornou corriqueiro e o comprador só descobre depois que adquiriu o veículo roubado”, alerta o delegado. Existem casos, segundo ele, em que o veículo roubado é adulterado e levado para o Detran e sai de lá com um documento “verdadeiro”. “Instauramos vários inquéritos para tentar reprimir essa fraude. Temos um aqui onde 57 caminhonetes Hilux foram esquentadas dessa forma”, destaca Thiago.

O delegado recomenda cuidado redobrado na hora de comprar um veículo usado. “Se a pessoa comprar um veículo esquentado dessa forma vai ter prejuízo porque cedo ou tarde será descoberta a fraude e o bem terá de ser devolvido para o verdadeiro dono”.

Segundo o delegado Thiago Dias, os veículos mais roubados são os mais populares. (Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará)

Outra parte dos veículos roubados pode ser desmanchada e as peças revendidas separadamente. Thiago Dias ressalta que não adianta criar uma lei contra o desmanche a exemplo do que ocorreu em São Paulo. “Órgãos como o Detran e Sefa têm que vir junto para coibir e combater essa prática. Leis existem muitas. Vários requisitos precisam ser seguidos”, pondera.

Como se trata de uma especializada, a DRRFV atua com inteligência para identificar a rede criminosa envolvida nos roubos e furtos. “É uma rede criminosa bastante organizada que envolve a participação e várias pessoas com várias divisões de tarefa e isso dificulta nosso trabalho”.

ÁREA VERMELHA

Na Região Metropolitana de Belém, as chamadas “áreas vermelhas”, onde são registrados mais roubos de veículos são, além de Belém (bairros do Marco, Tapanã, Jurunas, Guamá, Terra Firme e Umarizal), e nos municípios de Ananindeua (Cidade Nova), Marituba e Benevides.

VÍTIMA TEVE O CARRO ROUBADO APÓS SAIR DE RESTAURANTE

O empresário Paulo Roberto foi, na manhã da sexta-feira passada, na DRRFVA registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.) do roubo do seu carro. “Tinha acabado de sair com a minha mulher de um restaurante na Cidade Velha. Íamos de mãos dadas conversando quando dois caras em cima de uma moto nos abordaram. O da carona desceu e apontou uma arma para nós e pediu a chave. Eu dei imediatamente. Ele entrou, deu a partida e saiu. O que guiava a moto foi atrás”, comenta.

Ele conta que toda a ação não durou mais que um minuto. “Eles nem nos roubaram a carteira, bolsa e o celular. Queriam mesmo era só o carro”. Apesar do roubo, o empresário comemora o fato de ter saído ileso com a esposa do episódio. “Felizmente eles só levaram o veículo. Não reagimos. Mas é uma sensação muito ruim de impotência. Você ver ali outra pessoa levando um bem seu, que você tanto suou para pagar”, disse Paulo, que tem o carro segurado.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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