Mortes por doenças cardiovasculares aumentam 36% no Pará durante pandemia de Covid-19

(Foto:Reprodução) – Estado fica entre os dez com maior número de mortes, segundo dados dos cartórios de registro civil.

As mortes por doenças cardiovasculares aumentaram 36% no Pará, entre os meses de maio a maio – período considerado o auge da pandemia de Covid-19 no estado, segundo dados dos cartórios de registro civil.

Segundo os dados dos cartórios de registro civil, foram 285 mortes entre 16 de março e 31 de maio de 2019. Já este ano, foram 387 entre 16 de março e 16 de junho, deixando o Pará entre os dez estados com maior número de mortes por doenças cardiovasculares.

O empresário Luizandro Tabosa se recupera em sala de reabilitação. Ele usa um marcapasso e exagerou na atividade física. Em março, ele chegou ao hospital em estado crítico. “Minha vista escureceu, e eu caí, logo após isso, entrou o marcapasso para me salvar, procurei o médico e ele disse para procurar o hospital e realizar exames”, conta.

Especialistas observam o agravamento de problemas de coração em pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Para o cardiologista Heitor Pereira, os pacientes com infarto leve acabam ficando graves em casa e muitas vezes acabam morrendo em casa, com medo de sair. “Quando tentaram sair não era o momento certo, porque não tinha atendimento, estava tudo lotado, e os pacientes graves que tinham que ir para uma emergência fazer uma angioplastia não conseguiam chegar a tempo. Então quanto mais tempo demora para abrir uma artéria, mais o músculo cardíaco vai perdendo”, explica.

“Vimos o aumento de acidente vascular cerebral, principalmente AVC hemorrágico, AVC isquêmicos. E a Covid-19 propicia uma formação de coágulos, fazendo com que o sangue fique mais grosso, e o paciente infectado já com obstrução também aumenta o risco de infarto”, afirma.

A mãe da agricultora Francisca da Chagas entrou na estatística de mortes por doenças cardiovasculares. A idosa de 79 anos chegou à Unidade de Pronto Atendimento de Marituba com sintoma da Covid-19 e foi transferida para o hospital de campanha no Hangar, em Belém, onde recebeu diagnóstico de problema cardiovascular. Ela chegou a receber alta, mas voltou a passar mal, e morreu dias depois.

“Ela entrou com suspeita de Covid-19, e aí trataram e depois quando ela passou mal, me informaram que ela tinha um problema no coração que o coronavírus acabou atingindo uma coisa que a gente nem sabia, porque em casa ela nunca apresentou esse problema de coração”, disse.

Os médicos cardiologistas reforçam que no surgimento de qualquer mal estar no coração, a orientação é procurar imediatamente o hospital. É recomendado ainda manter a qualidade de vida.

O empresário Luizandro disse que, a partir do momento em que teve o problema, passou a se cuidar mais. “Passei a me alimentar mais, tirei o peso do acelerador em relação ao trabalho né, porque eu trabalhava demais, e passei também a não me aborrecer tanto, aquela ansiedade toda que a gente leva no trabalho e na vida”.

Por G1 PA — Belém

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