MPF faz um alerta para riscos de doenças entre índios.

Foto: Rodolfo Oliveira / Agência Pará.-.Surto de gripe entre os indígenas alertou o MPF para medidas de controle sanitário

As organizações não-governamentais, movimentos sociais e demais entidades da sociedade civil receberam recomendação do Ministério Público Federal, no município de Itaituba, oeste do Pará, para que observem cuidados de caráter sanitário para a entrada de pesquisadores, jornalistas e ativistas nas aldeias do território dos índios Munduruku, no médio curso do rio Tapajós. O objetivo da recomendação tem caráter preservativo, para evitar que os indígenas sejam contaminados por algum tipo de doença transmissível, haja vista que, recentemente, ocorreu um surto de gripe H1N1 nas aldeias do médio Xingu que contaminou mais de 140 pessoas e causou oito mortes.

A movimentação no local vem crescendo pelo apoio que os índios recebem na luta contra a instalação de hidrelétricas na região. O MPF reconhece “o importante papel” das organizações e movimentos na luta pelo respeito aos direitos indígenas, mas pede medidas mínimas como apresentação de cartão de vacinação e atestado médico antes do ingresso na área indígena.
A recomendação do MPF tem caráter preventivo, já que não foram registrados, até o momento, casos de entrada de pessoas com doenças infectocontagiosas na área. Mas, como o acesso é todo feito por barcos ou aviões e o controle pela vigilância sanitária é precário, a prevenção é necessária. A recomendação menciona o recente surto de gripe H1N1 nas aldeias do médio Xingu que contaminou mais de 140 pessoas e causou oito mortes.
Os indígenas estão entre os grupos considerados pelo Ministério da Saúde como imunologicamente mais vulneráveis ao contágio do H1N1 e outras doenças que podem gerar quadros graves e até a morte, assim como grávidas, idosos, puérperas e crianças até os dois anos de idade. Assim, na recomendação, o órgão explica que “os índios e suas comunidades detém o poder de autorizar ou vetar a entrada de pessoas em suas terras”, mas não pode deixar de pedir cautela para a proteção da saúde das comunidades. A recomendação foi enviada também à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Distrito Sanitário Especial Indígena do Tapajós.
INDIOS
Por O Liberal
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