Mulher morre após ser agredida com marteladas pelo ex-companheiro

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(Foto Ilustrativa)- Suzana Oliveira de Oliveira, de 29 anos, foi vítima de feminicídio, no bairro do Tenoné, brutalmente assassinada a marteladas por seu ex-companheiro, identificado como Bruno Cardoso de Souza. A mulher foi submetida a torturas diversas e sucessivas agressões. Os gritos podiam ser ouvidos por quase cinco horas pelos vizinhos, que nada fizeram. A vítima estava internada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) desde o dia 4. Na madrugada desta quinta-feira (07), ela não resistiu.

O caso foi registrado na unidade de crimes violentos do HMUE. Só que acabou não tramitando, imediatamente, para a unidade policial responsável, que é a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) ou ainda a Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) do Tenoné. Tanto que, horas após o crime, Bruno ainda não era considerado suspeito e não havia qualquer busca ou mandado de prisão contra ele. Após cometer o feminicídio, Bruno não foi mais visto no bairro do Tenoné.

Quem registrou a ocorrência foi uma tia de Suzana. Ela mencionou, com confirmação da sobrinha antes de morrer, que Bruno era o autor do crime. Desde então, os familiares procuram pelo acusado. E a tia passou a receber várias ameaças.

Suzana e Bruno estavam namorando há poucos meses. Ela morava na Terra Firme com a família, que não sabia das agressões. Ia para a casa de Bruno de vez em quando e passava alguns dias lá. Quando era agredida, demorava a retornar. Vizinhos, após o fato, começaram a relatar, informalmente, que Suzana era agredida com frequência. Mas como a viam bem e agindo normalmente com o assassino.

Ainda não se sabe o que desencadeou a briga que levou ao feminicídio, mas os relatos dos vizinhos apontam o quão machista e cruel Bruno era: vivia gritando com a moça, batendo nela e a culpando por todos os problemas que tinha. Por medo ou pelo costume machista e patriarcal de culpar as mulheres vítimas de violência doméstica, nem denúncias anônimas foram feitas.

Bruno, apontam familiares de Suzana, é traficante. A vítima teria comentado o assunto, mas sentia medo. Ele é suspeito de homicídios e outros crimes no bairro. O mesmo medo que vizinhos sentem. Suzana não pode ser culpada dos sentimentos que tinha por ele. Ninguém merece ser vítima de violência. Ela vivia um relacionamento abusivo do qual era vítima desde a primeira agressão.

Suzana tinha dois filhos de um relacionamento anterior. Uma menina de 10 anos e um garoto de 12 anos. Ambos moram com o pai delas e estão em choque. Familiares de Suzana estão irritados e exigem justiça.

Violência contra a mulher é crime, que pode e deve ser denunciado. Agressões físicas e psicológicas não podem ser confundidas com briga de casal. As denúncias podem ser feitas, de forma anônima, pelo telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher) e pelo Disque-Denúncia (181). Se for necessária intervenção imediata por conta de agressões ocorrendo no momento da ligação, é preciso ligar para o 190. Todos os serviços funcionam 24 horas e gratuitos.

A Polícia Civil já está investigando o caso e tem Bruno como principal acusado. Quaisquer informações que possam ajudar na localização dele, pode ser informada pelo 181 ou 190.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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