Nascentes do Xingu promove ciclo de palestras para discutir novas tecnologias no setor de saneamento

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Especialistas na área de saneamento básico se reuniram na última semana para um ciclo de palestras, com o objetivo de discutir as novas tecnologias, os processos, evoluções e inovações voltadas para a prestação dos serviços no Brasil. O encontro foi promovido pela Nascentes do Xingu, empresa responsável pela gestão de 29 concessões de água e esgoto em Mato Grosso, Pará e Rondônia, no auditório do Hotel Paiaguás, em Cuiabá.

No encontro, aberto ao público, cerca de 20 participantes tiveram a oportunidade de compartilhar conhecimentos, experiências, novas perspectivas acerca de investimentos e tecnologias em equipamentos para tratamento de água e esgoto, além de soluções ambientais para os avanços e desenvolvimento do setor no país.

Um dos temas abordados no evento foi a questão das “Inovações no tratamento de lodos de Estações de Tratamento de Água”, apresentado pelo professor doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Sidney Seckler. Nesse contexto, ele falou sobre o tratamento e disposição de lodos gerados em estações de tratamento de águas de abastecimento e águas residuárias, que são um dos maiores custos operacionais na área de saneamento. Entre os tópicos, abordou as diferentes técnicas de adensamento, condicionamento, desidratação e disposição final de lodos que permitam obter soluções economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis

“A ideia é reforçar aos profissionais da área de saneamento que o mais simples e aparentemente o óbvio é a melhor alternativa. Evitar muitas vezes soluções alternativas que surgem e que por serem assim não são adequadas. O intuito também é desmistificar um pouco o conceito de tratamento avançado e encarar o que nós já fazemos hoje como bem feito. Por pressão de fornecedores, eles forçam a adoção de determinadas tecnologias, que por serem novidades passam a ser vistas como uma solução para tudo, quando na verdade não é, ou seja, cada caso é um caso e tem que ser estudado com bastante cuidado”, alertou o professor Seckler.

O professor doutor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Pedro Alem Sobrinho, discorreu acerca do tratamento de esgoto, os aspectos legais, concepções básicas de geração de lodo, consumo de energia e estimativa de custos de implantação, visando atende a legislação. Para ele, as novas tecnologias surgem em função de algumas necessidades. Mas nem sempre elas são aplicáveis a todos os casos. Por isso, é preciso avaliar em função das necessidades locais a tecnologia mais adequada.

“A tecnologia mais antiga, pode ser a mais interessante. Novas tecnologias muitas vezes representam apenas adaptações de tecnologias já usuais, porém trazem vantagens em função de novas disponibilidades de equipamentos técnicos. Hoje, a automação é simples e antigamente era complicado. Juntando todas essas tecnologias, o tratamento de esgoto vai se tornando mais adequado e até mais econômico por conta das necessidades legais existentes”, destacou o professor Pedro Alem.

Para o assessor técnico e biólogo do setor de Infraestrutura de um órgão ambiental, Victor Rodrigues, as palestras foram importantes para tirar dúvidas e aprimorar os conhecimentos sobre as estações de tratamento de água e esgoto, e melhorar a qualidade do serviço que é prestado para a população.

“As palestras foram de grande valia, tendo em vista a demanda que atendemos no órgão ambiental. Foram abordados problemas que encontramos na análise do parecer, principalmente a questão da destinação final do lodo, que atualmente faz parte de uma grande discussão na parte ambiental, por causa da geração de resíduos que as estações de tratamento de água e esgoto produzem. Essa questão de geração de lodo é de grande preocupação devido ao agravo ambiental que a destinação incorreta destes dejetos causam no meio ambiente. Com as palestras, conseguimos sanar diversas dúvidas em relação ao licenciamento ambiental, destinação final do lodo e qual sistema de tratamento correto para ser aplicado”, enfatizou o biólogo.

Segundo o engenheiro sanitarista e ambiental, Lineu Machado, que também prestigiou o evento, essa troca de conhecimento sobre o setor de saneamento foi bem produtiva e importante para todos aqueles que trabalham direta ou indiretamente com sistemas de tratamento de água, efluentes, e meio ambiente de uma forma geral. “Para nós profissionais da área de saneamento, foi uma oportunidade ímpar poder participar deste encontro. Tivemos a presença de especialistas renomados em tratamento de água e esgoto. Mostra um pouco do que estamos acertando no dia a dia e o que precisamos aprimorar. Com certeza vamos levar isso para nosso ambiente de trabalho e melhorar nossa eficiência operacional”, avaliou o engenheiro.

Por Assessoria de Comunicação Nascente do Xingu
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