Negociação para trazer Copa América para o Brasil foi feita diretamente com Bolsonaro

Bolsonaro e Caboclo, da CBF (Foto: Divulgação ) – Presidente da CBF, Rogério Caboclo, ligou para Bolsonaro, que avisou secretário do Esporte e destacou ministros para fecharem detalhes do acordo

BRASÍLIA — Jair Bolsonaro foi acionado diretamente pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, na manhã desta segunda-feira para falar sobre o interesse da Conmebol em realizar a Copa América no Brasil. O presidente, que no ano passado defendeu o retorno dos campeonatos de futebol apesar da pandemia da Covid-19, se mostrou favorável imediatamente, segundo interlocutores. Foi o próprio Bolsonaro, após este contato, que comunicou ao secretário especial de Esportes, Marcelo Magalhães, do início das negociações.
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Além do secretário, Bolsonaro destacou a Casa Civil, Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Saúde para darem continuidade às tratativas. A Conmebol anunciou a realização do torneio no Brasil em suas redes sociais e agradeceu pessoalmente ao presidente.

Sob pressão da CPI da Covid-19, Bolsonaro vê aumentar sua rejeição nas pesquisas de intenção de voto à medida que aumentam o número de mortos pela pandemia. O Brasil já ultrapassa 460 mil mortos.  No sábado, o presidente foi alvo de manifestações em diversas cidades do país.

Segundo interlocutores que acompanham a negociação, Caboclo foi acionado no domingo pela Conmebol, organizadora do torneio, após fracassar as tentativas de realização do evento na Colômbia e na Argentina por causa da contaminação do coronavírus.

O argumento dos dirigentes da Confederação Sul-americana de Futebol é que o Brasil já havia topado a sediar a Copa do Mundo Sub-17 em outubro, após a Fifa tirar o torneio do Peru. Além disso, destacou que o país tem a estrutura necessária para a realização da Copa América.

O presidente da CBF, então, se prontificou a fazer contanto diretamente com Bolsonaro com que mantém relação amistosa. Logo após assumir a CBF em 2019, Caboclo esteve em um almoço com Bolsonaro no Palácio do Planalto. De lá pra cá, foram diversos encontros que marcaram a aproximação da entidade com o poder em Brasília. A última vez ocorreu em março no lançamento do Programa Integra Brasil, de promoção dos direitos humanos pelo esporte.

Longa relação

Em abril do ano passado, no início da escalada dos casos de Covid-19, Bolsonaro disse que o governo buscava a retomada dos jogos após ter sido contatado por autoridades do futebol. Ao longo de todo o mandato, o presidente marcou diversas vezes presença em estádios. Em abril, Bolsonaro cogitou ir ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, assistir a partida da Supercopa do Brasil entre Palmeiras (Campeã da Copa do Brasil) e Flamengo (campeão brasileiro). Na ocasião, ele reclamou da falta de torcida e defendeu que pelo menos 50% da capacidade fosse aberta ao público.

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Diante da críticas recebidas pela realização da Copa América no país, o governo federal tentou minimizar a participação. No final da tarde desta segunda-feira, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que o governo fez algumas exigências à CBF, mas sublinhou que a realização do evento ainda não é definitiva. Interlocutores do governo, porém, asseguram que a realização da Copa América é praticamente certo, faltando apenas a definição das cidades que receberão as partidas.
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Ramos afirmou ainda que, caso o torneio seja realizado, não haverá presença de público e todos os jogadores e integrantes das delegações de cada delegação serão vacinados. O ministro colocou sob responsabilidade da CBF a negociação com estados para que sejam definidas as sedes. O estado de Pernambuco, apontado inicialmente como um dos locais que receberiam jogos, já anunciou que não permitirá a realização do torneio no estado. Mas outros estados já se colocaram à disposição.

O secretário nacional dos Esportes, Marcelo Reis Magalhães, também minimizou a participação do governo federal no evento.

— A gente foi demandado pela CBF hoje pela manhã e estamos fazendo os esforços para caso a gente venha realizar a Copa América, que a CBF, por se tratar de um evento totalmente privado, negocie com os estados e municípios onde vão ser as sedes. O governo federal apenas dará a parte de estrutura para a entrada dessas equipes no país — afirmou.

Fonte:O Globo /Jussara Soares
31/05/2021 – 20:25

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