No Pará, 54,6% da população economicamente ativa está endividada

Aumento foi de quase 15% em relação a 2017
Mais da metade da população economicamente ativa do Pará, no mês de outubro, permaneceu endividada em relação a setembro, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Federação do comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Pará (Fecomércio-PA) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O estudo aponta que a taxa de endividamento segue entorno de 55%, pois passou de 54,2% em setembro para 54,6% no último mês. O percentual de inadimplentes, que são os endividados que possuíam contas em atraso, também apresentou pequena alteração; 28,9 % no mês anterior e 28,1% no mês em análise.

Em comparação a outubro de 2017, foi observado um aumento na taxa de endividados de 39,90% para 54,6%. No entanto, houve queda na inadimplência, que passou de 35,60% para 28,10%. O número de pessoas endividadas que afirmaram não ter condições de colocar em dia suas dívidas no mês seguinte também caiu entre setembro e outubro deste ano; passando de 21,70% para 15%.

Segundo a assessora econômica da Fecomércio-PA, Lúcia Cristina de Andrade Lisboa, o aumento da taxa de endividamento anual é reflexo, em grande parte, do aumento das compras, sobretudo aquelas em que o pagamento é dividido em parcelas. “O endividamento aumentou de 2017 para cá porque houve também um aumento da confiança do consumidor, que voltou a fazer compras parceladas. Por isso, aparece na pesquisa que aumentaram as dívidas, o que não é o mesmo que crescimento da inadimplência, que é a dívida cujo o pagamento venceu”, destacou.

Para a economista, a volta da confiança da população deve-se à recuperação da economia e do emprego que, “embora em ritmo lento, constitui uma conjuntura mais favorável do que as dos últimos três anos”, afirma. A melhoria das expectativas, no entanto, ocorre com cautela. “Tanto é que a Pesquisa de Intenção de Compras do Consumidor, da pesquisa de Intenção de Consumos das Famílias, ICF, demonstra um índice de 70,4 pontos, o que caracteriza insatisfação dos consumidores quanto ao quantitativo que desejariam comprar. Na metodologia da ICF, o índice varia de 0 a 200 pontos, sendo abaixo de 100 pontos insatisfação e 200 pontos, o máximo a ser alcançado”, explicou Lúcia Lisboa.

Com relação à redução da inadimplência de 35,60%, em outubro de 2017, para 28,10%, no mesmo mês este ano, a assessora defende que um dos fatores determinantes foi também o baixo consumo no ano anterior. “Por ter havido menos compras em 2017, no início de 2018, o endividamento era menor; uma taxa de endividados de 45,4%. E a parcela da renda comprometida com dívidas era de apenas 12,7%. Isso favoreceu para o decréscimo da inadimplência”, completou.

Em âmbito nacional, segundo o Banco Central (BC), em dados de setembro, 62,6 milhões de pessoas estavam com o “nome sujo” no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o site E-Commerce News, a marca é equivalente à população da Itália ou pouco menos de um terço da população brasileira adulta, com 20 anos ou mais. “Conforme cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 209 milhões de brasileiros,194 milhões com idade a partir de 20 anos, segundo levantamento do dia 8 de novembro”, informou o site.

Fonte:OLiberal
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