Nortão: acidente com avião da Gol que matou 154 pessoas completa 10 anos

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(Foto: Corpo de Bombeiros de Sinop/Arquivo) – Um dos piores acidentes aéreos da história do Brasil completa 10 anos nesta quinta-feira. No dia 29 de setembro de 2006, um boeing da Gol bateu em um jato Legacy no ar e caiu, na região de Peixoto de Azevedo, a 692 km ao Norte de Cuiabá. As 154 pessoas que estavam a bordo, entre tripulantes e passageiros, morreram na queda.

O avião fazia o voo 1907 e havia saído de Manaus, faria escala em Brasília, e teria como destino final a cidade do Rio de Janeiro. Os ocupantes do jato, que seguia para os Estados Unidos quando bateu no boeing, conseguiu pousar na Serra do Cachimbo, no Pará. As sete pessoas a bordo saíram ilesas.
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Os pilotos americanos do Legacy, Joseph Lepore e Jean Paul Paladino, foram condenados pela Justiça federal em Sinop a três anos, um mês e 10 dias de prisão em regime aberto por terem causado o acidente, mas ainda não começaram a cumprir a pena – que poderá ser cumprida onde os réus escolherem. Os dois ainda não foram notificados da determinação.

As famílias das vítimas, porém, consideram leve a pena dada aos pilotos americanos. “A Justiça brasileira é muito branda. Eles mereciam, pelo menos, não estar mais pilotando avião”, disse a psicóloga Neusa Machado. O marido dela, o consultor de energia Valdomiro Machado, de 61 anos, foi uma das vítimas do acidente.

Valdomiro voltava de Manaus para casa, em Brasília. Neusa se lembra pela última vez que falou com ele. “Foram as últimas palavras dele: ‘Venha, mas traga as crianças’. Minha nora foi buscá-lo com os meus netos. Naquele dia eu não estava passando bem. Estava uma confusão no aeroporto. Ela voltou pra casa, e a minha outra nora ligou, desesperada, que era para eu ligar a televisão que o avião da Gol estava desaparecido. Aí eu vi tarja preta ‘avião da Gol desaparecido’”, relatou.

Para as famílias, fica a saudade dos entes queridos. A mãe de Átila Assad, de 24 anos, lembra com carinho do rapaz, que fazia curso de medicina em Manaus. Ele estava na aeronave para viajar para Brasília, a fim de aproveitar o carinho da família, que mora no interior de Goiás. “Um menino sem vícios, sempre olhava o mundo com olhos de alegria. A intenção dele era sempre ajudar. Ele sempre quis ser médico”, disse a dentista Salma Assad.

O trabalho de busca foi marcado por muita dificuldade na floresta. O gerente de sistemas da TV Centro América, Adriano Silva, lembra do acampamento montado na fazenda Jarinã, local mais perto para acesso à área onde havia caído o avião, para fazer a cobertura jornalística da tragédia.

“Já existia uma movimentação de militares no local. E nós já tínhamos algumas informações de que os militares já tinham localizado a aeronave que tinha caído, que ficava a 15 minutos de voo da fazenda onde nós estávamos baseados”, relembrou.

Histórias e imagens marcaram as famílias das vítimas e também os profissionais que acompanharam tudo de perto. “Quando você pensa nas famílias, pensa nas pessoas que perderam seus parentes, eu particularmente fiquei muito triste com tudo que aconteceu”, disse Adriano.

Fonte: G1
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