Novas vias devem aliviar sufoco do trânsito de Belém

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Prolongamentos da Independência e da João Paulo II abrem áreas de integração

Os prolongamentos das avenidas João Paulo II e Independência são vistos como a solução para o trânsito da Região Metropolitana de Belém (RMB) e são aguardadas ansiosamente, tanto pelos benefícios trazidos quanto pelo fim dos transtornos que grandes obras causam. O resultado mais próximo deve ser da Independência, prevista para ter o tráfego liberado em setembro deste ano, com o primeiro trecho (até a granja do Governador, no Icuí) já em mais 20 dias. A nova João Paulo deve ser entregue somente no início do ano que vem. Quando concluídas, formarão um anel viário multiacesso para a RMB ao se unirem com a rodovia Arthur Bernardes, rua do canal São Joaquim, Estrada Nova, BR-316 e Perimetral (também em obras, mas ainda no início).

Nas estimativas da Secretaria de Estado de Integração Regional e Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Seidurb), mais de 80% da obra da Independência está concluída, sendo que muitos trechos já estão pavimentados e trafegáveis (alguns com alguma dificuldade). A via terá duas pistas por sentido, num trecho total de 9,04 km de extensão, integrando os bairros do 40 Horas, Maguari, Paar, Curuçambá, Icuí e Distrito Industrial em Ananindeua. Com velocidade permitida de até 60 km/h, estão previstos mais de 11 mil veículos por dia. Em toda a extensão haverá calçadas acessíveis e ciclofaixas. Como serviços adicionais, a iluminação, a drenagem e a sinalização serão totalmente revistas. Duas pontes estão sendo construídas: uma sobre um braço do rio Maguari-Açu (240 metros) e outra no 40 Horas (16 metros). Um trecho inteiro, de quase 500 metros, teve um forte trabalho de drenagem para desfazer um “brejo” que estava no caminho.

A saída do novo trecho, que começa na rotatória da rodovia do 40 Horas, é na rodovia BR-316, pouco depois da barreira da Polícia Rodoviária Federal em Marituba. Lá, haverá quatro pétalas e, futuramente, um viaduto para integração direta com a Alça Viária. Ao todo foram feitas 53 desapropriações para dar andamento às obras, custando cerca de R$ 7 milhões. Uma delas, sozinha, custou R$ 4,5 milhões.

“Com esses e outros custos, o valor final das obras subiu e já passou de R$ 116 milhões. Estamos em interação direta com a Cosanpa, com a Eletronorte e com a Prefeitura Municipal de Ananindeua para condução das obras”, observou o titular da Seidurb, Luciano Lopes Dias. “Tivemos alguns atrasos com as chuvas, mas estamos seguindo e logo entregamos uma primeira parte e depois a segunda”, promete.

Para o operador de máquinas pesadas Edmilson das Chagas, 40 anos, é necessário haver linhas de ônibus para assegurar a integração entre Belém e Ananindeua. “É uma situação incômoda para nós passar por essas obras, mas é necessário e a gente entende. Todos esperamos que as duas novas avenidas melhorem o trânsito”, opina.

JOÃO PAULO II

O Núcleo de Gerenciamento do Transporte Metropolitano (NGTM) informa que o trecho de 4,7 km onde a João Paulo II está sendo prolongada vai da passagem Mariano até a rodovia Mário Covas, tendo pelo caminho duas pontes – uma de 200 metros sobre o lago Bolonha e outra de 232 sobre o lago Água Preta -, calçadas acessíveis, ciclofaixas, drenagem, iluminação, seis pontos de ônibus e monitoramento de segurança pública. Tudo custa R$ 248.889.167,00. Serão três pistas por sentido e cada uma com 3,5 metros de largura e 2,5 metros de acostamento.

O projeto da João Paulo II conta com um sistema de captação e tratamento de águas provenientes das seis bacias de contribuição, que hoje estão sendo lançadas no Parque Estadual do Utinga. Isso diminuirá a contaminação dos mananciais da cidade e reduzirá o índice de doenças causadas por mosquitos, trazendo mais qualidade de vida para a comunidade. Outro benefício será a implantação de áreas de lazer, como praças com equipamentos urbanos nas áreas remanescentes do parque.

Além da preocupação ambiental, a concepção da nova via prevê uma composição paisagística, que se harmonizará com a do Parque. A proposta do projeto do NGTM é que a área se torne mais que uma passagem, mas seja também um ponto de contemplação da natureza, entretenimento, esporte e lazer.

Sete vias que completam o sistema de mobilidade receberão pavimentação, drenagem e iluminação pública: rua Euclides da Cunha (entre João Paulo II e BR-316); rua Moça Bonita (entre João Paulo II e BR-316); avenida Primeiro de Dezembro (entre rua Moça Bonita e rua do Fio); rua do Fio (entre avenida Primeiro de Dezembro e BR-316); passagem Simões (entre rua do Fio e João Paulo II); rua Pedreirinha (entre passagem Francisco Novaes e João Paulo II) e passagem Tancredo Neves (entre rua Pedreirinha e Ricardo Borges).

Também faz parte do projeto a primeira rede de telecomunicações do Estado com cabo subterrâneo de fibras ópticas, que serão usadas para transferência de dados e internet de alta taxa de dados. O projeto permitirá a integração de unidades do Estado, como escolas e prédios públicos, a promoção da segurança pública, por meio de monitoramento remoto pelas polícias, e ainda vai beneficiar a população do entorno, com pontos de internet de acesso livre em espaços públicos. “Vai resolver uns 40% do problema e considero até mais importante que a Independência, pois a João Paulo II está mais próxima da Almirante Barroso. É uma obra necessária para a cidade, atrapalhada pelo inverno e ficou lenta”, opinou o pedreiro Paulo Jorge da Silva, de 50 anos.

Fonte: ORMNews.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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