Novo Progresso figura entre as cidades mais violentas da Amazônia Legal; Pará reúne seis dos 20 piores índices
Seis cidades do Pará, entre elas Novo Progresso, estão na lista das 20 mais violentas da Amazônia Legal. Os dados fazem parte da 4ª edição do estudo Cartografias da Violência na Amazônia, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
O levantamento analisa as taxas de mortes violentas intencionais (MVI) registradas entre 2022 e 2024 e considera o porte populacional de cada município para permitir comparações entre realidades distintas.
A Amazônia Legal reúne 772 municípios distribuídos em nove estados brasileiros. Segundo o estudo, mais de oito mil pessoas foram vítimas de MVI em 2024, o que corresponde a uma taxa média de 27,3 assassinatos por 100 mil habitantes.
O FBSP classifica os municípios em quatro portes populacionais:
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Pequeno I: até 20 mil habitantes
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Pequeno II: entre 20 e 50 mil habitantes
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Médio: entre 50 e 100 mil habitantes
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Grande: acima de 100 mil habitantes
Seis cidades do Pará aparecem entre as 20 mais violentas da Amazônia Legal
O relatório destaca que os municípios paraenses estão distribuídos em todas as categorias populacionais avaliadas. São eles:
➡️ Altamira – Porte Grande
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Altamira está entre os cinco mais violentos. O estudo aponta fatores como grilagem, desmatamento ilegal, conflitos por terra e água e a atuação de facções como o CCA, aliado ao PCC, além do Comando Vermelho.
A presença de grupos criminosos e ilícitos ambientais cria um ambiente de alta instabilidade.
➡️ Itaituba – Porte Grande
Também entre os maiores municípios, Itaituba aparece como uma das cidades mais violentas. Conhecida como “capital da lavagem do ouro”, a região vive forte presença de mineração ilegal, atraindo facções.
O Comando Vermelho exerce forte influência, enquanto o CCA utiliza garimpos para lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
➡️ São Félix do Xingu – Porte Médio
São Félix do Xingu ficou em 1º lugar entre os municípios médios mais violentos de toda a Amazônia. O estudo aponta histórico de disputas por terra, pecuária extensiva, desmatamento ilegal e conflitos em áreas indígenas.
O avanço do garimpo ilegal agrava ainda mais o cenário.
➡️ Mocajuba – Porte Pequeno II
Mocajuba também integra o grupo Pequeno II. A cidade enfrenta forte presença do Comando Vermelho e do Bonde 777, além de altos índices de letalidade policial.
Segundo o levantamento, metade das mortes violentas registradas em 2024 ocorreu durante intervenções de agentes de segurança.
➡️ Novo Progresso – Porte Pequeno II
No mesmo grupo, Novo Progresso aparece entre os cinco municípios mais violentos da Amazônia Legal.
Cortada pela BR-163, a cidade enfrenta um conjunto de fatores apontados pelo estudo como geradores de violência:
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conflitos pelo uso da terra,
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avanço do desmatamento,
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garimpo ilegal,
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invasões de áreas indígenas.
Esses elementos formam o cenário que colocou o município na lista.
➡️ Cumaru do Norte – Porte Pequeno I
Entre os municípios com menos de 20 mil habitantes, Cumaru do Norte está entre os cinco mais violentos. A violência está ligada a conflitos fundiários envolvendo agropecuaristas e comunidades tradicionais.
A região abriga parte da Terra Indígena Kayapó, marcada por desmatamento e garimpo ilegal.
Facções criminosas na Amazônia Legal
O relatório destaca que 344 municípios da Amazônia Legal apresentam algum tipo de evidência da atuação de facções criminosas.
No Pará, essa presença é mais intensa justamente nas cidades listadas entre as mais violentas, contribuindo para:
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disputas territoriais,
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homicídios,
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retaliações internas,
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pressões sobre terras indígenas e áreas ambientais
Fonte: Jornal Folha do Progresso/FBSP e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 20/11/2025/11:03:40
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