Número de atiradores reconhecidos pelo Exército dobrou em dois anos no Estado

Em janeiro de 2019, já são 855 registros. Em janeiro de 2017, foram 447
Número de associados do Clube de Tiro de Belém aumentou 25% no último ano (Ivan Duarte)
O número de paraenses reconhecidos pelo Exército como atiradores praticamente dobrou nos últimos dois anos. Segundo dados obtidos pela Redação Integrada de O Liberal junto ao Comando Militar do Norte, a parcial de janeiro de 2019 aponta 855 Certificados de Registro (CR), documentação necessária para compra de armamentos pelos chamados CACs – Caçadores, Atiradores e Colecionadores – no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SigmaI). Em janeiro de 2018, estavam registrados 674 documentos. Já em janeiro de 2017, eram 447 registros.

AVANÇO NACIONAL

Esses números acompanham o crescimento de novos CRs nacionalmente. Conforme informado pela Central Brasileira de Notícias (CBN) no fim do ano passado, o Exército concedeu número recorde de registros para atiradores esportivos em todo Brasil em 2018. De janeiro a novembro, cerca de 40 mil licenças foram dadas para novos atletas de tiro, o maior número em cinco anos. Em 2016, 19 mil CRs foram emitidos.

De acordo com a Federação de Tiro Prático Paraense (FTPP), também ficou mais expressiva a procura por informações e treinamentos nos sete clubes de tiro filiados à FTPP. Eles estão presentes na Região Metropolitana de Belém (1) e nos municípios de Altamira (2), Marabá (1), Novo Progresso (1), Paragominas (1) e Santarém (1). Além disso, mais quatro novos clubes aguardam a autorização do Exército para inciarem suas atividades. Eles serão localizados em Belém, Parauapebas, Tailândia e Uruará.

CLUBE

Apenas no Clube de Tiro de Belém, localizado em Benevides, houve um crescimento de aproximadamente 25% no número de novos associados no ano passado em relação a 2017. Segundo o proprietário e instrutor do espaço, Otávio Augusto da Silva Vilhena, são 180 associados ativos.

“Mas temos vários critérios, cuidados e uma análise dos antecedentes dos interessados. Muitas solicitações de inscrições são rejeitadas porque não sentimos segurança para abraçar a pessoa no clube. É feito um controle rígido sobre a questão de segurança em todos os clubes do Brasil”, garantiu.

 (Ivan Duarte / O Liberal)

(Ivan Duarte / O Liberal)

O casal Cleber Siqueira (52) e Jucilene Silva (32) se conheceu por conta do tiro prático no clube de Belém. Ele tem CR há nove anos. Ela, há três. Ambos concordam que o esporte é uma oportunidade para afastar o estresse.

“A vontade veio da minha experiência como militar na juventude. Sempre gostei de tiro. Depois conheci os atletas. Treino nos fins de semana. É como se fosse qualquer outro esporte em que o cidadão se vicia em praticar. É menos divulgado que os outros, mas tira o estresse de qualquer um. Fico mais tranquilo”, explicou Cleber, que também é instrutor do clube e campeão paraense nas categorias B – standard e Sênior – standard.

Para Jucilene Silva, que é estudante de enfermagem, o medo virou segurança. “Somos sete mulheres no clube de Belém. Eu tinha medo porque não conhecia. Associava ao perigo. Mas vi que não. Sei montar e desmontar a arma e limpo quando uso. E consigo me classificar muito bem entre os homens nas competições. Sou atleta federada e confederada. É uma diversão e ainda oriento as outras mulheres que passam pelo medo que passei”, contou.

ESPORTE

“Cleber e eu fomos unidos pelo tiro, porque o conheci aqui. Comecei a praticar por causa dele. E hoje somos casados”, acrescentou a campeã paraense na modalidade 380 e ponto 40.

De acordo com o presidente da FTPP, Alessandro Nascimento, atualmente o Pará está bem representado no esporte de tiro prático. Ele é campeão paraense na divisão standard por três anos consecultivos e campeão Florida Open 2018 divisão dtandard classe U nos EUA. Também é vice-campeão pan-americano 2018 divisão standard na Jamaica e bronze no individual e no Shootoff.

“Ficamos carentes de atletas durante muitos anos. Somente quando a Federação foi fundada, em dezembro de 2008, começou uma evolução no esporte de tiro no Pará. Em 2018, foram 766 inscrições para provas estaduais”, contou o terceiro melhor atirador das Américas, divisão standard.
Fonte:ORM/João Thiago Dias
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP – JORNAL FOLHA DO PROGRESSO no (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) Site: WWW.folhadoprogresso.com.br   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br e/ou adeciopiran_12345@hotmail.com