Onda de violência no Pará: em seis dias, estado tem 15 atentados contra agentes de segurança; 7 morreram

Enterro de policial militar na região metropolitana de Belém. — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

Durante série de ataques, governo mobiliza policiais militares em operação pelas ruas da região metropolitana. Nas periferias, o clima é de tensão entre moradores. (As informações são do g1 Pará — Belém).

Em seis dias, o Pará registrou 15 atentados a tiros contra agentes de segurança. Sete deles foram assassinados.

A situação gera sensação de insegurança, principalmente na região metropolitana de Belém, onde uma operação policial é realizada, mobilizando inclusive oficiais de folga, cujo alvo são envolvidos com a criminalidade. Nas periferias, a população relata clima de tensão.

O caso mais recente de ataque a agentes ocorreu na manhã de quarta-feira (18), no distrito de Mosqueiro, ilha de Belém. A vítima teve a casa invadida por criminosos e foi morta a tiros.

Uma mulher, que é casada com policial militar, disse, sem se identificar, que já saiu de casa duas vezes para se despedir de agentes de segurança assassinados por criminosos.

“A nossa rotina, hoje se resume a uma só palavra: medo. Nós ficamos, praticamente, presas dentro de casa, sem poder sair, sem poder estar em lugares públicos com muita gente. É o que todas as mães e esposas de policiais estão passando nesse momento”, ela conta.

Desde terça-feira, policiais militares de folga foram chamados para reforçar o policiamento nas ruas da região metropolitana de Belém.

O governador Helder Barbalho (MDB) gravou um vídeo, no Mercado de São Brás, sem se manifestar sobre a onda de ataques, e falou sobre a operação Impacto, que vem sendo realizada desde a última semana na capital.

“São 1.050 policiais nas ruas, mais de 350 viaturas (…) para garantir a paz, a tranquilidade, acima de tudo, combater a criminalidade e a violência no estado do Pará”, anunciou.

Mesmo durante a operação, os ataques continuaram durante à noite. Criminosos balearam um soldado reformado no ombro, no conjunto Panorama XXI, em Belém.

Outro caso foi uma emboscada armada para um guarda municipal, em Marituba. Luiz Cláudio dos Anjos Loureiro, de 41 anos, chegava em casa quando foi morto a tiros.

“Daí em diante, ninguém conseguiu mais dormir, nem ter paz. Foi a noite quase toda pensando nessa situação, se colocando no lugar da esposa que perdeu o guarda municipal, da esposa do soldado, que era bem conhecido no Panorama XXI”, afirma a esposa de militar.

Crime com estratégia

Roberto Reis, que é especialista em segurança pública, diz que “criminosos sempre vão agir de maneira estratégica”.

“Eles vão buscar alvos, em situação de vulnerabilidade. Pessoas que já estão na reserva, portanto, já não se enxergam mais como ameaça constante ao crime. Ainda assim, representam um troféu para as organizações do tráfico”.

O que o especialista exemplifica aparece em um registro de tela, que circula entre moradores de Marituba, na região metropolitana de Belém.

As conversas também são compartilhadas internamente entre policiais, segundo apuração feita pelo g1, como forma de aviso.

Nas mensagens, duas pessoas combinam ataques a policiais novos e também os da reserva – veja abaixo.

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Conversas entre supostos envolvidos com ataques a agentes de segurança assustam moradores, e circulam entre policiais. — Foto: Reprodução

Conversas entre supostos envolvidos com ataques a agentes de segurança assustam
A onda de violência pelas ruas e também boatos de toque de recolher e retaliações que circulam pela internet causam preocupação entre moradores.

Na Universidade do Estado do Pará (Uepa), aulas presenciais chegaram a ser suspensas na noite de quarta-feira (18) devido às informações de ameaças de novos episódios de mortes violentas.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) afirmou nega que esteja ocorrendo toque de recolher em Belém informou que a Operação Impacto continua de forma ostensiva, “com mais de três mil PMs nas ruas para fortalecer a segurança na região metropolitana de Belém e no interior do Estado”.

Jornal Folha do Progresso em 19/05/2022

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